quinta-feira, novembro 20

Carta Aberta

Meu Querido Amigo

A vida é mesmo assim, feita de encontros e desencontros, ou, para acentuar o cliché, como os interruptores, umas vezes para baixo outras vezes para cima. E, por vezes, os que estão mais próximos são os que menos encontramos. Ultimamente esse é o nosso caso. Espero que esta carta posso reduzir um pouco a distância. Não é minha intenção fazer um elogio do optimismo e do bola p'rá frente, as vezes é mesmo preciso ser pessimista, parar e pensar sobre as coisas. Mas, o que me parece é que, estás a ser pessimista em demasia. Na vida não existem problemas insolúveis. O unico problema ainda insolúvel é a morte e essa está para lá da vida. Correndo o risco de ser um pouco demagógico, deixa que te diga que a nossa realidade é duzentas vezes melhor do que a de muitos outros. Bem sei que os males dos outros não fazem o nosso bem mas, numa visão mais católica da coisa temos a obrigação de perceber isso, que não somos ilhas, que os outros estão aqui ao lado precisando de ajuda e também prontos a ajudar, só é preciso pedir, estender a mão. Não há que ter receio das coisas nem das situações que a vida nos apresenta, há que aprender e seguir em frente. O resto são escolhas que se fazem. Como diz um amigo meu, de outra geração que não a nossa, o essencial é ter o vento.

Meu querido amigo, vamos mas é por esse interruptor outra vez para cima e seguir em frente. Temos um revista para editar.

Um grande abraço

Pedro

P.S. Então e esse jantar?!

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