sexta-feira, novembro 21

exercício de reescrita

Para que se perceba que não foi intencional e, também, que não foi obra de algum independentista ferrenho, aqui fica o essencial do meu, falecido, post sobre O Pauleta

Primeiro: não é minha intenção entrar em grandes polémicas, algumas são úteis outras nem tanto.
Segundo: no jogo Portugal vs Kuwait assistimos a um festival de golos e a um fraco jogo de futebol. O Pedro "Pauleta" foi sem sombra de dúvida a figura do jogo e por mais uma razão que os 4 golos que marcou.
As razão é a que se segue: o Pauleta foi substituido a meio da segunda parte, aplauso e ovação generalizados, correu a escadaria da bancada e foi oferecer a sua camisola e dar um forte abraço a João Bosco Mota Amaral, seu amigo, seu conterrâneo e Presidente da Assembleia da República de Portugal. Este foi um gesto carregado de simbolismos, o abraço entre dois amigos, a demonstração pública de afecto entre o mais alto representante do Estado presente no estádio e o jogador mais eficaz da partida, o relacionamento pessoal entre o futebolista e o politico, a demonstração de uma profunda açorianidade. Acredito na sinceridade do afecto de Pauleta, não o conheço pessoalmente, mas pelo que vejo da sua postura e do desenrolar da sua carreira, julgo que aquele abraço foi um gesto puro, do coração, de um amigo para outro amigo, é aliás o caracter honesto, simples e descomprometido do Pauleta que faz dele o melhor embaixador que os Açores podiam ter. Visto de fora pode ainda ser visto como uma extraordinária maneira de representar o tal "bonding" entre a selecção e os adeptos que todos lamentavam não existir, a mais alta figura do estado representando os adeptos e o melhor jogador da partida representando a selecção. Mas, de certeza que o Pauleta não é ingénuo e Mota Amaral muito menos, há uma leitura politica do gesto que não se pode deixar passar. Mota Amaral é um politico assaz inteligente e ambicioso e a camisola 9 de Pauleta pode valer muito em futuras eleições. Pergunto eu: se o jogo fosse nos Açores e na bancada estivesse Carlos Cesar? (deixo só a pergunta, não quero responder até porque não sei.) Depois há a questão da açorianidade. Tratou-se de uma demontração publica de afecto entre dois grandes açorianos que chegaram aos mais altos patamares das suas carreiras e quando isso acontece há sempre uma certa facção independentista que gosta de lançar voo sobre a grandeza dos Açores e dos açorianos. Eu adoro o sítio onde vivo e considero-me açoriano tanto por ascendencia como por escolha (o meu BI diz natural de São Domingos de Benfica e residente na Fajã de Baixo) mas acho que ali, naquele abraço, aquela camisola 9, foi do Pauleta jogador da selecção nacional de Portugal e Mota Amaral Presidente da Assembleia da República de Portugal, a região esteve lá representada mas o País foi mais importante.

P.S. Acho que era isto o essencial do que penso sobre o assunto e prometo nunca mais tentar corrigir os meus post, os erros ortograficos são parte da minha assinatura e deixo a outros as correcções, aliás o importante é o conteudo

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