domingo, março 14

...PERDOAR ? NUNCA !

Lido e relido o post do Tózé ( e respectivos comentários ) nunca, mas nunca, partilharia de igual perspectiva ! No comovido texto, postado no rescaldo do bombardeamento do centro de Madrid , fica subliminarmente exposta a chaga de um sentimento Ocidental que ainda hoje enfraquece a Europa. Esse sentimento tem por matriz comum o relativismo cultural, aceite quase institucionalmente, e derivado da tese do fardo do homem branco cujo remorso tem desculpado e branqueado a barbárie.

Nunca aceitarei qualquer «confissão» ensombrada pelo meu «quinhão de culpa» Ocidental ( cfr. literalmente sugere o Tózé ) que, supostamente, toldaria a minha consciência na percepção de actos de natureza infame e torpe. Conscientemente sou orgulhosamente Ocidental ! Aceito sem qualquer contrição a defesa da minha Civilização à qual foi declarada guerra.

Efectivamente, do que aqui se trata não é de uma questão de raça ou xenofobia, mas sim de superioridade civilizacional que, neste charco ideológico do politicamente correcto, ninguém tem coragem de afirmar e assumir.

O multiculturalismo, e outros ismos pós-modernos, tem relativizado actos de desobediência civil , crimes de natureza hedionda , e manifestações de ódio contra o ocidente , colocando a análise de tais actos na inaceitável perspectiva do psicodrama dos « Juans Carmens Muhameds e Fátimas que cometem estas atrocidades » ( cfr. perspectiva o Tózé após reflectir sobre a «justificação» do ataque a Madrid ! ).

O certo é que, a lógica tributária do relativismo cultural tem contaminado o pensamento de amplos sectores intelectuais do Ocidente que, no recatado descanso das suas cátedras, preconizam o que o Mal é, afinal, a consequência de uma longa tradição de imperialismo cultural !

As luminárias desta corrente de pensamento , profusamente patrocinada pela esquerda caviar, advogam que o status quo da actual ordem internacional é culpa nossa ! Como remédio sugere-se que um pouco de humildade dissiparia a nossa soberba, fazendo-nos ver que a nossa cultura não é melhor do que outras. É apenas diferente e, porventura, inferior !

Esta ideologia, radicalizada nos pressupostos traulitantes do chavão «todos diferentes/todos iguais» leva-nos a um ignóbil «mea culpa» que não aceito. Afinal não somos todos iguais !

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