terça-feira, maio 4

Certas noites...

Não sou pessoa de insónias, costumo até dormir bastante bem, sem sobressaltos maiores do que um sonho ou outro. Nos últimos anos adquiri o hábito de deitar cedo, acordar cedo, dormir oito horas, tentar estar satisfeito com a vida. Mas certas noites o sono não chega, não sei porquê, e fico assim à deriva como um naufrago no vasto oceano da noite, questionando. Não é por ser lua cheia, nem pelo descompassado da vida que não permite os ritmos serenos do sono. Como explicar o desassossego intraduzível das noites de insónia. O prazer puro das horas iniciais e silenciosas, o aconchego do escuro, o querer não ter responsabilidades e viver sempre em noites tranquilas. É na noite que se esconde o tempo que nos foge de dia. Pudesse eu ser livre para nunca adormecer.

Post Scriptum cómico às cinco e um quarto da tarde: 'tou cheio da sono!

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