quinta-feira, setembro 30

Sobre denuncias

Ou de como a baixeza tomou conta do discurso político.

O Nuno "sol na eira" Mendes questiona o porquê de na blogoesfera açoriana não se discutir a «cabala» das denúncias anónimas a Bruxelas de dinheiros mal gastos pelo Governo Regional dos Açores e restante telenovela. Não querendo fazer o papel de provedor da dita blogoesfera, permito-me a seguinte opinião, que segundo sei é partilhada pelo Nuno "foguetabraze" Barata. Este assunto é tão baixo, tão rasco, tão sujo, que não merece sequer as letras deste post. Por isso nunca tinha tocado no tema, mas já que estamos aqui cá vai a minha opinião sobre o assunto:

1º Acho óptimo que haja denúncias em Bruxelas sobre a governação açoriana, acho mesmo que se devia criar um gabinete próprio, com especialistas em várias àreas, que fiscalizasse e denunciasse a governação açoriana. Deixar o governo só nas mãos dos políticos é um erro, e a sociedade civil, blogues incluídos devia estar mais atenta e participativa nos assuntos da sua terra. Em nome da verdade devo dizer que acho que é isso que os blogues, tanto regionais como nacionais, têem feito nos últimos tempos, fiscalizar e denunciar. Quanto mais atenta e participativa estiver a sociedade civil melhores serão os governos, sejam eles de que partido forem.

2º Tanto o Governo Regional como os Executivos Autárquicos tem muito a responder perante Bruxelas, perante os Tribunais Nacionais e perante os cidadãos. As questões da orla marítima (portos de pesca, marinas, piscinas, molhes de protecção, prolongamentos de avenidas...), os bairros sociais e as construções a custos controlados, a preservação do ambiente, a agricultura, as pescas e tantas outras são de tal maneira importantes que podem e devem ser denunciadas, anonimamente ou não.

3º Por sistema não gosto de anonimatos, só se esconde quem tem algo a esconder. Prefiro denúncias assinadas, daí o tal gabinete.

4º Carlos César devia, pura e simplesmente, ter menosprezado este assunto, comentando-o apenas uma vez e classificando-o de baixa política. Fazer de vítima e dizer que os Açores é que saem lesados é desculpa de mau pagador, os Açores só saem lesados se de facto houver má utilização de dinheiros públicos.

5º O PSD no seu todo cobre-se de ridículo ao fazer tanto alarido com este «fait diver», parecem aquelas crianças que para esconder uma mentira contam logo asseguir mais três ou quatro até que acabam no quarto de castigo a chorar. O PSD devia ou assumir que o fez ou então apoiar quem o fez, anónimo ou não. O importante é a verdade e o interesse e bem-estar dos açorianos.

6º, e último. Enquanto discutem o acessório não se discute o essencial, ou seja, como e quem deve governar os Açores no futuro dando-nos a todos melhores condições de vida e de bem-estar, o resto é palhaçada, demagogia e baixa política.

Merecíamos Políticos Melhores.

terça-feira, setembro 28

De 0 a 10

Em relação às minhas expectativas, e de 0 a 10, eis a minha avaliação do debate em directo, na RTP-A, com os líderes dos partidos concorrentes às Eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, 2004.

10 -

09 -

08 - Zuraida Soares BE.

07 - José Decq Mota, PCP.

06 -

05 - Carlos César, PS. Paulo Estêvão, PPM.

04 - Victor Cruz, Coligação Açores. Manuel Moniz, MPT.

03 -

02 - José Ventura, PDA.

01 -

00 -


O BE, com o seu discurso neo-quase-separatista, surpreendeu-me pela positiva.
O PDA, com a sua total ausência de discurso, desiludiu-me, talvez pela última vez.
O locutor da RTP-A, que se apresentou de fato com meia branca, estava ao nível da sua indumentária.

segunda-feira, setembro 27

CUSTA MUITO SER PORTUGUÊS



Custa muito ser Português e ter fé na ladainha de que o que é Nacional é Bom ! Fazemos a nossa profissão de fé na tradição de alguns emblemas Nacionais....e, depois, somos tão desapegadamente traídos pelos mesmos.

Não ! Não falo de qualquer desaire futebolístico, especialmente do meu Sporting, o que até é provável ter ocorrido durante mais uma Jornada do Nacional que, cada vez mais, se parece com um torneio de wrestling onde, como se sabe, todos os golpes baixos são previamente ensaiados.

A minha mágoa é mais comezinha e fica-se pelo logro da soberba que parece encartar os nossos vinhos embrulhando-os de encómios que, depois de provados, vem a verificar-se que não o merecem.

Beber vinho é um edificante hobby Nacional ao qual me dedico com prazer, mas apenas aos fins de semana. Para este que agora finda, e porque o calor recomendava um branco alvo e limpíssimo de aromas pouco elaborados mas, apenas seco e frutado, perfilhei um Castello D´Alba ( Reserva 2003 ). Garrafinha simpática, oriunda da melhor região demarcada de Portugal, que sem modéstia propala as suas qualidades literalmente assim : « (...) produzido a partir de uvas das melhores vinhas do Douro Superior ( quais ??? ) , foi vinificado recorrendo aos mais modernos conceitos de enologia (...) apresenta uma cor citrina, o aroma revela a tipicidade e a nobreza do «terroir», onde sobressaem as notas de frutas exóticas, a compota de laranja em equilíbrio com nuances amanteigadas e avelã. Na boca mostra pujança, estrutura e um corpo pouco comum para vinho branco». Com uma apresentação destas não há quem resista mas, depois de refrigerado e aberto, apenas sobressai a lembrança de uma nota de 5 Euros e uma rolha de plástico. Sim de plástico deixando antever um conteúdo sem nobreza apesar dos pergaminhos do rótulo !!! É verdade, custa muito ser Português nestas ocasiões. O vinho faz parte da nossa identidade e quer-se de boa cepa e rolhado com cortiça. Custa ainda mais ser Português quando, duas prateleiras abaixo, bem poderia ter optado, por metade do preço, por um branquinho da Catalunha, sem tanta literatura enológica e muito bem rolhado com uma cortiça ... provavelmente Portuguesa.

Parafraseando David Lopes Ramos, no Público de Sábado, «Isto dito, deve acrescentar-se que está quase tudo por fazer no domínio dos brancos em Portugal.». Para a semana aguardam-me duas garrafas de Castello D´Alba Tinto ( Reserva 2004 ) e, continuando a acreditar que o que é Nacional é Bom, espero que essa qualidade não se fique pelo plástico.

domingo, setembro 26

E...

porque estamos em pré-campanha eleitoral para as regionais assiste-se, neste caso - de camarote, ao digladiar de posições entre as 2 cortes. Este exemplo é sintomático da rigidez e da flacidez lânguida de um discurso conservador - o qual, sinceramente, prefiro não comentar. Mas, cujos adeptos são mais que as mães. Os comentários ficam desse lado.
Confesso que, como homem de Confissão, nada sei, nem quero, de "ética republicana". Basta-me a Religião! E, por ser católico, folgo em saber que, ao menos a partir de agora, a minha Igreja, com a plena "propriedade", recusará (ou não?) ali quaisquer exéquias fúnebres a um qualquer, muito ético, "homem de avental", por mais "livre" e celebrado "pedreiro" que seja, neste mundo, no de César, que não o de Deus!

(...)

E já agora, até quando, nós, Igreja Católica açoriana, vamos continuar a pactuar com a institucionalização do ABORTO como "o TABU" destas Legislativas de 2004? Apesar da "agenda" da Esquerda já ter sido proclamada, vamos manter o silêncio? Em troca de quê...?
por Estêvão Gago da Câmara ao AO de 25/09/2004.

Intervenção Divina

sobre a omissão. Já estive mais longe de Saramago!...

sábado, setembro 25

Para lembrar

«Trova do Vento que Passa»

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.


Manuel Alegre


Para quem por estes dias vai cumprir um dever pelas ideias e pelo país.

sexta-feira, setembro 24

Teatros

Provavelmente eu não devia entrar por aqui, mas ao ler o post do Nuno e quando me lembro das primeiras batalhas deste blog, essa raiva anti-fox que animou os nossos primeiros tempos, acho que é importante que vá por aqui. Em nome da honestidade convém lembrar que este blog nasceu de uma revista que nasceu de uma empresa de produção cultural. Nós, a MUU, somos uma empresa de produção cultural sediada em Ponta Delgada e que se esforça, nestes quatro anos de existência, por produzir os melhores eventos que nos dão hipótese de produzir. Sempre, desde o início, a nossa maior concorrência foram e são os governos: autárquicos, autonómicos ou nacionais, os governos geridos por políticos substituem-se aos programadores e fazem-se promotores de espectáculos. São Câmaras Municipais que contratam agrupamentos musicais, são Secretarias Regionais que organizam concertos, são Presidências que promovem espectáculos. Não importa qual é o partido, o espírito é o mesmo. Por cada 100 euros que um promotor independente recebe os "governos" gastam 1000, em adjudicação directa, com um mínimo de intermediários, de critérios e só com um objectivo - as massas. Aqui chegamos ao Teatro Micaelense. Logicamente que para mim, e falo mesmo só em nome pessoal, a empreitada de recuperação do Teatro é uma obra de imenso valor e que merece ser elogiada, independentemente de tudo o que ficou pelo caminho, primeiros projectos, primeiras ideias, primeiras intenções. O que está feito é algo que a todos nós nos deve orgulhar, esperemos que assim também com o Coliseu Micaelense. A merda toda está na programação. Inaugurar um espaço destes, à força toda, encavalitando eventos uns nos outros em duas semanas como se Ponta Delgada fosse Nova Iorque e o Teatro o Madisson Square Garden é algo que mais do que me angustiar, porque já não me choca, é algo que me enoja. Numa lógica populista e demagógica e que por isso mesmo é autista em relação aos verdadeiros anseios e desejos da população de Ponta Delgada o Governo Regional, dono desta trapalhada, decide oferecer às massas uma sequência infeliz de eventos que não são culturais, que não são arte, que não são mais do que pura campanha política e partidária. Do Carreras ao La Féria, com a reciclagem metropolitana da Broadway pelo meio, o Governo Regional faz fogo de artifício com três espectáculos que numa cidade deste tamanho e com estes hábitos culturais deviam ter pelo menos um mês de intervalo entre cada um. Quem, como nós, está habituado a promover cultura sabe o drama que é encher uma sala com esta população, e como diz o Nuno o dinheiro que gastaram nestes dez dias dava para um ano inteiro de eventos culturais, esticado dava mesmo um cada quinze dias. E o pior é que a única intenção por trás desta encenação é o delírio das massas. Tudo com um Tenor em ocaso, uma orquestra em saldo e um malabarista vazio de criatividade que nunca teve uma ideia original na vida e que ganha a vida enganando o povo com espectáculos revisteiros que envergonham as obras e as vidas genuínas que os inspiram. Ao Sr. César não basta abdicar do mandato um mês antes das eleições quando deixou já despachado todo o festival demagógico que será um governo em reeleição. Da mesma maneira que uma Câmara Municipal não pode ser ao mesmo tempo promotora, patrocinadora e fiscalizadora de eventos. Algo está mal nesta política, ou deveria dizer politiquice, que faz de nós, contribuintes como diz o Nuno, palhaços da conquista desalmada do poder. Mal estamos todos quando até a cultura é granada de arremesso político no concurso da conquista do voto.

Merecíamos políticos melhores, infelizmente...

quarta-feira, setembro 22

Simona e Simona

ou de como é estúpido e torpe e cáustico o tempo em que vivemos



O pior da vida é o horror, o enorme vazio branco da dor inexplicável, o sofrimento dos outros, a agonia distante. Tirar a vida. O horror.

debates internos

Do pouco que fica destes debates uma coisa é obvia, é que o Sócrates é mesmo o mais fraquinho deles três. A ver vamos se os militantes do PS querem mais para o país do que apenas ganhar eleições. E não se esqueçam que o Sócrates pode perder em eleições contra o Santana, não se esqueçam...

"Ministra"??

Alguém sabe explicar o que é que aquela senhora que acha que é ministra da educação foi fazer à televisão com dois guarda-costas a tiracolo? Alguém me explica?

terça-feira, setembro 21

The Fool

The Fool Card



You are the Fool card. The Fool fearlessly begins the journey into the unknown. To do this, he does not regard the world he knows as firm and fixed. He has a seemingly reckless disregard for obstacles. In the Ryder-Waite deck, he is seen stepping off a cliff with his gaze on the sky, and a rainbow is there to catch him. In order to explore and expand, one must disregard convention and conformity. Those in the throes of convention look at the unconventional, non-conformist personality and think What a fool. They lack the point of view to understand The Fool's actions. But The Fool has roots in tradition as one who is closest to the spirit world. In many tribal cultures, those born with strange and unusual character traits were held in awe. Shamans were people who could see visions and go on journeys that we now label hallucinations and schizophrenia. Those with physical differences had experience and knowledge that the average person could not understand. The Fool is God. The number of the card is zero, which when drawn is a perfect circle. This circle represents both emptiness and infinity. The Fool is not shackled by mountains and valleys or by his physical body. He does not accept the appearance of cliff and air as being distinct or real.

Image from: Mary DeLave


Which Tarot Card Are You?
brought to you by Quizilla

via Indispensáveis

I'll be back...

sometime next week.

segunda-feira, setembro 20

O SOCIALISTA YUPPIE



Tem nome de filósofo mas praxis de burguês. É socialista mas não é proleteca. É o rosto da «esquerda moderna» que faz da máxima «carpe diem» a sua divisa...afinal importa primeiro viver, preferencialmente com estilo e luxo, e só depois filosofar e socializar.

Quanto às parangonas da «Focus» desiludem quando lido o miolo do artigo central. Efectivamente, apenas ficamos a saber que José Sócrates, humilde deputado da Nação Portuguesa, habita numa voluptuária assoalhada do edifício Castilho em Lisboa...e pouco mais.

É verdade ! Não vale a pena gastar um cêntimo neste pasquim que nele não encontrarão pormenores sórdidos da «vida secreta de José Sócrates» mas, apenas, a griffe de um socialista yuppie...como tantos outros !

este homem


este homem merece que o escutemos, não por ser poeta mas por ser íntegro, e hoje merece que o acompanhe-mos. Oxalá.

...a vida, às vezes, é bela.

acabadinho de chegar! Estou em fruição. Obrigado The Thrills por serem verão e ondas e todas as outras coisas belas do mundo e da vida, a thing of beauty is a joy forever.



E esta, Quase Famosos?! E esta??

Corto

As paixões dos primeiros anos são as mais fortes, o meu amigo Corto sabe o tão bem como eu, ele que nunca para, que para sempre vagueia pelo infindável mundo, em busca das primeiras paixões. A paixão pelo mar, a paixão pelo horizonte mais do que a paixão pela viagem, o sonho, o inalcançável, a próxima partida. O beijo dado na soleira de uma porta num beco escuro da inundada Veneza. O pôr-do-sol vermelho das águas calmas do pacífico sul. A estepe siberiana infindável de tempo. Uma pequena mentira, uma amizade para a vida, um amor pelo prazer do amor. Um Corto, um único Corto Maltese.

Felizmente, desta vez, e ao contrário do que fez com Hergé e Tintin, o Público, homenageia Hugo Pratt e pública as aventuras completas de Corto Maltese, num bom papel (a edição do Tintin era lamentável num papel de gramagem deficiente que tornava as páginas transparentes e muitas vezes ilegíveis), a preto e branco como o original, muito mais poético do que as mais recentes edições coloridas que, apesar de belas, tiram alguma da magia do traço de Pratt e da personalidade de Corto. Uma boa razão para passar a gostar de segundas-feiras esta iniciativa do Público. Quantas pessoas mais se vão apaixonar por Corto?


I´M BACK !

Familiares, amigos , e até o meu médico de família há muito que suspeitavam que eu padecia de uma grave dependência da blogoesfera. Sim, é verdade, estive mal muito mal ... daí que aproveitei o exílio forçado das férias para «curar» a minha dependência maníaca. Com sacrifício da minha família, mas para o bem de todos, recolhi a uma «comunidade terapêutica» para inforescravos como um tuberculoso noutros tempos recolhia a um sanatório.

Cedo descobri que a minha patologia não era assaz grave quando comparada com o verdadeiro zoológico humano que por lá vegetava ! A dita «comunidade terapêutica», embora fosse mimetizada de outras similares segundo o famigerado modelo «Le Patriarche», não passava de uma clínica ao ar livre.

Na verdade, além dos métodos clássicos da psicanálise, dos testes Rorschach e das sessões de terapia de grupo, aquilo mais parecia uma quinta atafulhada de fancaria «new age» ... e ainda por cima tínhamos que bulir em extenuantes trabalhos de campo. Tudo isto era servido com música ambiente que para ser «natural» era colhida da natureza...Logo, da alvorada ao entardecer, a banda sonora da comunidade era um estultificante CD com o timbre «Song of the Whales»... Até não era mau quando comparado com o correctivo disciplinar à base da longa metragem sonora do Bruno Ávila que, convenhamos, era um castigo desumano só ultrapassável em dor com um recital do Zeca Soares.

Fiz amigos e troquei endereços electrónicos com aqueles que, como eu, ainda não tinham passado o ponto sem retorno da inimputabilidade. Entre estes avultavam alguns inforescravos que já nem reagiam à sua verdadeira identidade e apenas respondiam quando chamados pelo seu nickname...estavam de tal forma doentes que não valia sequer o esforço de lhes contar uma anedota, pueril ou escatológica, pois esta gente até já nem sabia o que era uma inconsequente gargalhada. Se algum dos normais dizia uma piada eles apenas retorquiam sem emoção : lol ! lol ! lol !

Retive ainda a impressão causada por dois jovens mancebos, brancos como cal e mais louros do que uma taça de Golden Graham´s, que escaparam ao serviço militar obrigatório alegando que o choque pela privação não assistida da Internet e toda a parafernália que lhe vai associada causar-lhes-ia irreversíveis danos emocionais...Enfim, tretas...

Estes e outros por lá ficaram e eu oportunamente fui resgatado deste inferno. Quem por cá anda bem sabe que fui dando as minhas escapadelas da comunidade. Com discrição e sem dar nas vistas com posts no blogue, contudo, não resisti a deixar alguns comentários avulsos entre aqueles que mais estimo no underworld da blogoesfera.

Mas foi tudo tempo perdido afinal de contas I´m back ! É verdade, para desagrado geral e gáudio de uns poucos regresso ao blog ... A culpa não é minha. Mas sim da insistência do Pedro Arruda ( a.K.a. Pedro de Mendoza ), por isso, para insultos e reclamações dirijam-se ao dito cujo. Eu não queria regressar mas além da insistência amiga confesso também que o meu vício não tem remição.


JOSÉ DE ALMEIDA PAVÃO

Deixou-nos o paradigma de Humanista, o exemplo de dedicado Homem de Família e mostrou como merecia devoção intransigente a sua Pátria. A sua devoção pelos Açores foi uma paixão que apenas se extinguiu, há precisamente um ano atrás, quando nos abandonou. José de Almeida Pavão (1919-2003) foi um ilustre intelectual nado e criado nesta terra de São Miguel, onde se fez escritor, ensaísta, poeta, investigador e colaborador em várias revistas das quais se destaca a «Insulana». Amava tão profundamente a sua Pátria que ao Doutorar-se em Filologia Românica escolheu para tese de doutoramento o cancioneiro popular açoriano homenageando o trabalho de recolha do etnógrafo Armando Cortes-Rodrigues.

Era um homem das ilhas e da insularidade que um dia definiu como :« (...) o ter corpo e alma de Ilha, mesmo fora dela. O ter presente uma ausência perene. Uma perpétua saudade que identifica a ânsia da partida com o desejo do retorno. Um cárcere que se transporta dentro de nós, à maneira duma tartaruga que fosse capaz de engolir a carapaça que a protege, mas que a oprime.»

Era também um homem de uma urbanidade notável e sempre disposto a descer da sua cátedra para falar fosse com quem fosse. Foi também e sempre um Professor que exerceu o seu ministério ao longo da vida, ensinando até aqueles que não foram seus alunos.

Tive a honra de o conhecer e logo no primeiro encontro dissipou-se o temor reverencial que guardava da imagem pré concebida de antigo Reitor do Liceu Antero de Quental ... à qual acrescia uma camada de patine de velhas histórias de rigor paternal contadas pelo seu filho Eduardo Pavão. Ambos, fazem muita falta a todos nós !

José de Almeida Pavão era um homem de trato afável e que tinha prazer em partilhar com humildade a sua vasta cultura e experiência académica. Efectivamente, o seu vasto currículo e extensa obra de investigação e literária dariam para encher a página deste blogue. Não sendo eu um académico prefiro como leitor compulsivo evocar a sua obra de ficção. Além do celebérrimo «Xailes Negros» o seu legado crepuscular à literatura Açoriana passa por dois romances, «O Além da Ilha» e «Marianinha» e,ainda, um livro de contos e memórias que foi editado com o título o «Espelho da Memória»...Deste e em memória do Professor José de Almeida Pavão evoco «Retalhos da Memória» em tributo a quem sempre foi marcado pela Educação.

Na mesma obra e num ensaio sobre a eternidade José de Almeida Pavão interroga-nos: «Será que a existência possui um termo, que se identifica com a morte orgânica, a morte terrena ? Todo o ser humano aspira a que ela se prolongue para além fronteiras. E aqui se interpõe a ideia terrífica do absurdo da própria vida, concebido por aqueles que negam a eternidade, embora a desejem com eu.». A resposta está noutro poeta que bem disse que a imortalidade na terra está assegurada em vidas alheias.

RETALHOS DA MEMÓRIA

«Retalhos da Memória»

«Não me sinto suficientemente mau, para guardar rancor a quem quer que seja. É que o decurso dos anos vai delindo as rugosidade dos trilhos do passado, que se vai aplanando na razão directa do espaço de tempo decorrido. A saudade, neste caso, actua como agente corrector de assimetrias entre os factos e as pessoas, nivelando tudo nas impressões que restam, como resíduos na memória, todas com o mesmo sabor de recordações agradáveis.

No meu tempo, não havia nem creches, nem Jardins de Infância. Era uma espécie de pré história dos pequeninos jovens, sem pedagogia que os regesse.

Nesse período não escolar, havia os que, mais bafejados pela sorte, beneficiavam dum controlo mais cuidadoso dos familiares. Eu fui desses eleitos e recebi as primeiras letras de uma Avó velhinha, professora aposentada. Esta ministrava tais rudimentos entre as complicadas construções dos stores de ráfia, repuxando, com as linhas enfiadas em grossa agulhas, os nós entrelaçados dos desenhos copiados dum modelo, até inserir, nos quadrados já feitos, os contornos de uma figura humana, adaptados aos condicionalismos do material usado. A personagem, que representava um vendilhão ambulante, carregava ao ombro um pau com cesto em cada extremidade, aparecendo estilizada em formas geométricas, que a assemelhavam, no esquematismo das linhas sem relevo, a certas pinturas rupestres dos períodos mais recuados da civilização.

Mas voltemos à história, enquanto o famigerado store, que eu depois conheci já completo e colocado por detrás da vidraça, onde ela instalava o seu «atelier», se vai prolongando e compondo. Este era medido, a espaços, pelos palmos marcados de uma mão branca e fina, enrugada e salpicada de manchas castanhas de vários tamanhos, marcas visíveis de uma idade que ultrapassava em muito a casa dos setenta. Nesta dupla tarefa, se iam juntando as letras em palavras completas, cujas sílabas se alternavam por pequenas gradações de cor, entre o preto e o cinzento, segundo o método seguido na Cartilha Maternal , de João de Deus.

Porém, a preceder essa fase, tempo houve em que as ocupações dos membros do meu agregado familiar não permitiam esta oportunidade, até porque minha Avó ainda não residia connosco.

Foi então que teve lugar a tal fase da minha iniciação pré-escolar, em que, por recomendação expressa e, digamos, por empenhoca paterna, fui posto a vegetar, sem rei nem roque, numa escola oficial frequentada por alunos mais adiantados e de várias classes. Eu, como não estava inscrito em nenhuma, porque não ultrapassava os 5 anos de idade, arrastava a existência de um tolerado, impondo à professora o sacrifício de me suportar ? talvez ilegalmente ? dando tratos à imaginação sobre a forma de me entreter. Verdade se diga que o seu visual não era dos mais atraentes para aqueles que, como eu, atravessavam a idade dos mimos e das festinhas como guloseimas para adoçar a boca. Com aquele seu queixo a evidenciar um prognatismo acentuado e falando sempre com os dentes cerrados, tal como um mastim que, rosnando, prepara uma investida, nunca me premiou com um sorriso e nunca me contou uma história. Para cantar, talvez não tivesse timbre que se aproveitasse. Aquele vozear de trovão não deixava entrever de modo algum o entoar de uma melodia que nos acariciasse a alma. A sua cólera, quando a gritaria dos rapazes lhe fazia perder a paciência, chegava mesmo ao rubro, com duas rosas arroxeadas nas faces, que faziam suspeitar uma apoplexia iminente.

Por mim, estava na idade sexualmente neutral. Uma colega mais velha, a sério ou por troça, quis fazer-me uma festa e prometeu-me que me daria um beijo, se lhe juntasse uns papéis que deixara espalhados pelo chão, perto do seu lugar. Tremi de indignação ante o atrevimento e o impudor, e apresentei queixa formal à professora. Este papel que assumi de guardião da moralidade resultou num castigo, que sofri durante cerca de meia hora,de joelhos sobre um sobrado de pinho enrugado, numa postura sem prece e sem Deus a quem suplicar uma libertação da afronta.

A tal colega sorria, ou melhor, ria-se, em ares de consumação de uma vingançazinha pérfida e de vez em quando punha-me a língua de fora. Era demais para a minha sensibilidade ferida! Ah! Se a oferta inicial do beijo fosse feita dez anos depois! Lamento tanto a minha falta de cavalheirismo para com uma dama que, porque eu ainda não havia lido a versão emendada do Amadis, me fazia tão doce presente! Ah! Que se eu soubesse naquela altura o que sei hoje...Mas isso não! Não pode ser! Seria uma aberração da natureza transformar um anjo de ingenuidade num demónio de experiência amassada pelas perversões dos nossos semelhantes e , depois, pelas nossas também.

Mas o retrato e o perfil psíquico da professora ficaram-me na memória, como indício de uma escolaridade pouco auspiciosa. Por isso bendigo a presença da minha Avó, que me ajudou a desfazer essa premonição. Revejo ainda essa figura hierática que compunha uma globalidade talvez escultórica, constituída por ela, no seu duplo afã de me ensinar a ler e de continuar o seu store de ráfia, sentada naquela mesma poltrona de vimes estilo rústico, pintada de verde, tendo sobre o regaço a tal Cartilha e, ao lado, a minha figura postada com um joelho em terra (mas não de castigo), a fazer exercício de equilíbrio, para me manter na posição correcta de discípulo. »

José de Almeida Pavão

Furnas / Agosto / 1992

sexta-feira, setembro 17

"Let`s look at the trailer"

Bagão Felix anunciou ontem na RTP-1 que em Outubro, apresentará aos portugueses o argumento do filme " A volta de José do Telhado".
"A Volta de José do Telhado" é o remake de "José do Telhado", filme realizado em 1929 por Rino Lupo e que conta as aventuras de uma espécie de Robin dos Bosques português.

Em Outubro, em todas as casas perto de si.

quinta-feira, setembro 16

Problemas existenciais

Acordo de manhã com uma desagradável sensação de desconforto, uma morrinha, uma angústia silenciosa que se prolonga pelo dia dentro. Como é possível que me preocupe e me consuma muito mais aquilo que os americanos vão decidir em Novembro do que aquilo que os açorianos, junto comigo, vamos decidir em Outubro?

terça-feira, setembro 14

Parece-me pouco!!?!!

Santana Lopes veio ajudar na campanha para as eleições regionais e deixou duas promessas. Vamos passar a pagar pela nossa saude, quer ganhe o PS ou a Coligação. Mas se a Coligação PPD-PSD/CDS-PP ganhar haverá um conselho de ministros efectuado, aqui, nos Açores.
Assim, derrepente, até tive saudades de Guterres.

a puta da meteorologia

Será que hoje está um dia de sol radioso? Terei eu visto bem, ou será que ofuscados pelo sol da manhã os meus olhos se retraíram para o escuro obnubilado da escuridão? É que antes de abrir as cortinas, consultando o site do Instituto de Meteorologia Português, li esta repetitiva frase: "PERÍODOS DE CÉU MUITO NUBLADO COM BOAS ABERTAS." e depois, pimba, levo com um banho de sol daqueles de esquentar a vista e molhar a camisa. Desde há muito que se brinca com a verba que o Dr. Alberto João paga aos boletins meteorológicos para lhe darem sempre sol para o Funchal, mas isto de os Açores terem sempre períodos de chuva e céu muito nublado realmente é de mais. Raios partam as previsões do IM é que hoje está mesmo um dia de sol luminoso, porra.

"Cartoon D`Or"

O "Cartoon D`Or" principal prémio do cinema de animação europeu, cuja 4ª edição -1994, decorreu em Ponta Delgada que premiou o filme "The Wrong Trousers" de Nick Park - Macaquins 2003 - e distingiu com uma menção especial o filme "Os Salteadores" de Abi Feijó -Macaquins 2002, decorrerá este ano de 22 a 25 de Setembro em Santiago de Compostella.

Os 5 nomeados para a 14ª edição do Prémio ?Cartoon D`Or?- 2004 são:

"Concert for a carrot pie", Heiki Ernits y Janno Pöldma (Estonia);
"Fast film", de Virgil Widrich (Austria / Luxemburgo);
"The crab revolution", de Arthur de Pins (Francia);
"The phantom inventory", de Franck Dion (Francia);
"Through my thick glasses", de Pjotr Sapegin (Noruega).

And the winner is...

Em Dezembro numa sala perto de si.

a minha aposta

Os "Deuses" devem estar loucos

Segundo novo comunicado do ministério de Bagão Félix, o sector público da Protecção Civil, assim como o sector público da Saúde, dá um elevado prejuízo ao estado. Daí que, segundo o comunicado, e já a partir do próximo orçamento do estado, quando, devido a um incêndio, um cidadão pedir socorro aos serviços dos Bombeiros passará a ter de pagar por estes serviços, se pertencer a um certo escalão do IRS. Também, durante um acto de roubo, se a vitima pedir a ajuda de um polícia deverá passar a pagar pelos mesmos serviços. Neste caso se o ladrão for apanhado, e se pertencer a um certo escalão do IRS, este deverá dividir os custos com a vítima.

sexta-feira, setembro 10

Bienal de Veneza

Como complemento do artigo de Rui Jorge Cabral publicado no Açoriano Oriental de hoje e como confirmação das palavras de Bernardo Rodrigues que diz "...os Açores estão, neste momento, em alta" no mundo da Arquitectura portuguesa, como um dos sítios ideais para a nova geração se expressar, acrescento que além dos projectos de Bernardo Rodrigues, estão também presentes nesta bienal, projectos de outros jovens arquitectos que embora não sendo de origem açoreana, apresentam obras em S. Miguel que juntamente com o "Prémio Secil" de Pedro Maurício Borges, contribuirão para o fomento de um turismo cultural.

Inês Lobo - Anfiteatro do Campus Universitário da Universidade dos Açores
A.S*- Atelier dos Santos - Casa da Cultura da Ribeira Grande e Residências Universitárias das Laranjeiras


quinta-feira, setembro 9

«Sr. António» selecionado para o Cinanima

O filme de animação " Sr. António " realizado pelos alunos do 11ºH e 12ºH da Escola Secundária Antero de Quental, foi selecionado para o Prémio Jovens Realizadores do Cinanima 2004.


"Sr. António" foi realizado pelos alunos:
Carolina Brito/ Joana Borges/ José Luis Miranda/ Juliana Teves / Maria Melo Bento / Maria Reis Leite / Mário Cosme / Miguel Silva / Rita Perry Nava / Sandra Schanderl / Tiago Moniz

com a coordenação dos professores:
Isabel Silva Melo e José Cruz

apoio técnico de:
Tiago Fortuna

Produção:
Citec

e apoio:
Muu.Produções

«O Menino Dança»

" No bairro social de Rafael, na ilha de S. Miguel, ballet é um luxo não permitido aos pobres. Quando dança, o pequeno açoriano sente-se uma gaivota. E o sonho ganhou asas num convite para o Conservatório de Lisboa."

Confira as coincidências da vida de Rafael Santos com o guião de Billy Elliot (realizado por Stephen Daldry - 2000) na Visão - 9 a 15 set - com texto de Henrique Botequilha e fotos de José António Rodrigues (fotógrafo da :ILHAS #12, #13, #14)

Rentrée Cinematográfica

Os próximos meses são fertéis em de mostras e festivais internacionais.

FESTIVAL DE CINEMA GAY E LÉSBICO DE LISBOA *17SET A 25SET* LISBOA
MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DO FUNCHAL *27SET A 03 OUT* FUNCHAL
INDIE LISBOA *24SET A 02OUT* LISBOA
IMAGO FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA E VÍDEO JOVEM *02OUT A 09OUT* FUNDÃO
FESTA DO CINEMA FRANCÊS *07OUT A 31OUT* LISBOA-PORTO-COIMBRA-FARO-SANTARÉM
ULISSES *12OUT A 17OUT* LISBOA
DOC LISBOA *24OUT A 31OUT* LISBOA
OVARVÍDEO *28OUT A 31OUT* OVAR

NÚMERO FESTIVAL *03NOV A 11NOV* LISBOA
CINANIMA *08NOV A 14 NOV* ESPINHO
FIKE FESTIVAL INTERNACIONAL DE CURTAS METRAGENS DE ÉVORA *19NOV A 27NOV* ÉVORA
FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE ANGRA DO HEROÍSMO *19NOV A 28NOV* ANGRA DO HEROÍSMO

Em 2005 nesta lista constará em letras bem gordas

FESTIVAL INTERNACIONAL DE PONTA DELGADA

Aqui fica a promessa.

O "gajo" de Michelangelo



Faz 500 anos que por causa de um tal David de Michelangelo, um gajo como eu não consegue engatar uma gaja como a Linda Evangelista... Mas também graças a esse tal de David, sempre que um gajo despe as calças as gajas ficam impressionadas!!?!!

terça-feira, setembro 7

O Campo de São Francisco após umas caipirinhas e com gelo vindo expressamente da lota do porto de Ponta Delgada. Foto via LOMO.

Uma pergunta que se auto-responde.

...ou como uma brincadeirasinha dá azo a profundas questões filosóficas.

O que há na vida que nos torna células moles?

segunda-feira, setembro 6

remember FLIRT

Na ânsia de dar os Parabéns aos amigos José e Chantal dei de caras com outro...

not too incredibly underground

echoandthebunnymen.jpg

Pedro, o segredo está na última pergunta... A minha deixa foi Lips Like Sugar. Obviamente.

Quem se lembra?

SOFT CELL, Tainted Love

Sometimes I feel I've got to
Run away I've got to
Get away
From the pain that you drive into the heart of me
The love we share
Seems to go nowhere
And I've lost my light
For I toss and turn I can't sleep at night

CHORUS:
Once I ran to you (I ran)
Now I'll run from you
This tainted love you've given
I give you all a boy could give you
Take my tears and that's not nearly all
Oh...tainted love
Tainted love

Now I know I've got to
Run away I've got to
Get away
You don't really want any more from me
To make things right
You need someone to hold you tight
And you think love is to pray
But I'm sorry I don't pray that way

CHORUS

Don't touch me please
I cannot stand the way you tease
I love you though you hurt me so
Now I'm going to pack my things and go
Tainted love, tainted love
Tainted love, tainted love
Touch me baby, tainted love
Touch me baby, tainted love
Tainted love
Tainted love
Tainted love

80's

softcell.JPG
You have a lot going for you, but most people will
only remember you for one thing, and a lot of
them will try to copy it. They'll all suck at
it, though. Besides, you've got better stuff.


What band from the 80s are you?
brought to you by Quizilla

via A Montanha Mágica

O meu comentário: eh, eh, Tainted Love, oh oh, oh oh

sábado, setembro 4

[encenação]

Hoje assisti - incrédulo - a uma sessão pública de encenação política prá-fotografia. Uma situação caricata e desonesta. Amigo e co-blogger Tozé...estou contigo nesta "luta"!

quinta-feira, setembro 2

...

E por falar em "ciganada" - a entrada é livre para todo o público interessado.

[tecno pasteleiro*]

DJ X Y Z. Desculpe, importam-se de repetir!?...

* qualquer semelhança com a realidade não será de todo (mas sobretudo de menos) uma coincidência...


[foto do momento]. O Ministro Patriota.

this land

Agradeço à minha irmã "calafona" a chamada de atenção para este spot, absolutamente hilariante, façam o favor de clikar neste link e de ver This Land.

God is not indifferent to America

...
"For it has been said so truthfully that it is the soldier, not the reporter, who has given us the freedom of the press.
It is the soldier, not the poet, who has given us freedom of speech. It is the soldier, not the agitator, who has given us the freedom to protest."
...

...
"I admire this man (George Bush).I am moved by the respect he shows the First Lady, his unabashed love for his parents and his daughters, and the fact that he is unashamed of his belief that God is not indifferent to America."
...

Extractos do discurso proferido por Zell Miller, senador do estado da Geórgia pelo partido Democrata, na convenção do partido Republicano.