sexta-feira, julho 29

CRÓNICA DE D. JUAN

Não que não estivessem por lá outros blogers, que até estavam, mas do :Ilhas transgeracional e ideologicamente descentrado (como diz, e bem, o JNAS) não vi lá mais ninguém. Cabe-me, portanto, a responsabilidade de postar aqui uma crónica real. O people republicano que me desculpe, em particular o Pedro que já está farto desta onda hola que tal, mas prometo não falar das toilletes das senhoras, do menu do jantar e de questões de regime.

Devo, contudo, deixar duas notas. A primeira para o Presidente do Governo Regional dos Açores, que fez o melhor discurso da noite, ao sublinhar o quanto se sentia honrado por receber nestas ilhas um dos responsáveis pela consolidação da Democracia em Espanha. A segunda vai para a Pipa, que já não via há tempo demais, e cuja voz cristalina fez calar toda a gente quando começaram a ser servidas as sobremesas. Cantou, sem rede, uma cantiga de amigo medieval. Por breves instantes, a beleza em estado puro invadiu a tenda montada no jardim. D. Juan, que é um cavalheiro, foi-lhe agradecer aquela filigrana de ouro antes de se retirar.

E eu quero agradecer ao ?maestro? Carlos Frazão o bom gosto de ter telefonado à Filipa Pais para ela vir aqui cantar.

Tal vai o meu amigo
com amor que lhe eu dei
como cervo ferido
do monteiro del rei


Já não sei se foi esta canção de Pêro Moogo que a Pipa interpretou, mas eu voltei para casa cheio de música no coração.

Como diria a Yvete Sangalo, levantou poeira.

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