segunda-feira, outubro 17

CURTAS E RÁPIDAS #2



Nunca achei muita graça ao João Vieira Pinto, nem mesmo quando ele vestia de vermelho, mas devo reconhecer-lhe uma frase sábia: prognósticos só no fim do jogo. Agora que a roleta autárquica já parou, é tempo dos jogadores trocarem as fichas no Caixa. A vaga sísmica dos resultados eleitorais atingirá maior amplitude no PSD, o que não deixa de ser perversamente curioso, mas o equilíbrio de forças interno no PS também abanou com as vitórias em Angra e na Praia da Vitória. Creio que Carlos César tem todas as razões para sorrir na reunião de hoje à tarde no Hotel Faial. As pétalas concelhias da rosa não são assim tão despiciendas: a Horta aguentou-se, a Terceira é de uma só cor, o Corvo foi reconquistado e Santa Maria está de pedra e cal. Isto para não falar de um detalhe muito importante: a jóia da coroa poderá ser do PSD, mas o aro que a envolve está não mãos do PS. Se os Presidentes da Lagoa e da Ribeira Grande, seguindo o previsível exemplo dos seus colegas de Angra e da Praia da Vitória, atinarem numa política estratégica de cooperação inter-municipal, o concelho de Ponta Delgada não tem outro remédio senão seguir-lhes o exemplo. Cabe agora ao correr do tempo dizer-nos se a vitória de Berta Cabral foi, ou não, como a de Pirro.

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