sábado, abril 28

Dança



"Comer o Coração" - Vera Mantero + Rui Chafes
26ª Bienal de S. Paulo
Foto: Alcino Gonçalves



DIA MUNDIAL DA DANÇA
29 DE ABRIL

Mensagem Oficial para o Dia Mundial da Dança

Este ano o dia da dança é dedicado às crianças. O Conselho Internacional da Dança, junto com a UNICEF, tem lutado por medidas que dêem às crianças um começo de vida de qualidade, pois uma educação apropriada é a estrutura mais forte do futuro de uma pessoa.
Acreditamos que cuidar das crianças é essencial para o progresso da humanidade. O nosso objectivo primordial é ultrapassar os obstáculos da pobreza, violência, doença e discriminação no percurso de uma criança.
A dança é uma componente básica do desenvolvimento pessoal e social. Recomendamos por isso o investimento numa educação básica mas de qualidade em dança, com ênfase na igualdade dos géneros e eliminação das disparidades de todo o tipo.
A nenhuma criança deveria ser negada a oportunidade de aprender e praticar dança. O acesso a esta arte constitui um direito de todas as pessoas, das crianças em particular. Este direito deveria ser protegido de forma a assegurar um acesso a necessidades básicas e alcançar o seu potencial máximo.
O CID defende a integração de uma formação em dança dada por professores qualificados em qualquer nível de educação, pois a dança constitui uma forte fundação para o bem estar da pessoa.

Prof. Alkis Raftis
Presidente do Conselho Internacional da Dança - CID
UNESCO, Paris, France
www.cid-unesco.org

A proposta para a fixação deste dia partiu do Conselho Internacional da Dança (CID) que é uma ONG criada em 1973 no âmbito da UNESCO, onde está sedeada, e que abrange todas as formas de dança em todo mundo.


Mais informação:
www.cid-unesco.org

PS:
Um excelente exemplo de um programa , neste caso do dia que hoje se comemora MARATONA DO DIA MUNDIAL DA DANÇA


Boavista



hoje fui preto e branco, obrigado Boavista, o campeonato está outra vez lançado...

As previsões falharam

FILMES PREMIADOS INDIELISBOA 2007
GRANDE PRÉMIO DE LONGA-METRAGEM (EX-AEQUO)


TODOS OS PREMIADOS AQUI

Teste às fontes.


Começa daqui a pouco a Sessão de Encerramento do Festival Indie Lisboa 2007, com o anúncio dos filmes premiados.
Baseado nas críticas que li, aposto que o grande vencedor será um destes filmes:





CineClube

The Last King Of Scotland (...) a outra mais-valia do filme: ser um percurso visceral à volta de um Ocidente que se ingere em África sem saber o que está a fazer e de uma África dilacerada entre a independência e a dependência. Por vezes Macdonald corre o risco de se deixar levar pela adrenalina em vez de se concentrar na história. Mas as questões que "O Último Rei da Escócia" aflora justificam que se lhe dê mais atenção do que apenas por trazer uma grande interpretação de Forest Whitaker. Há casos em que a nomeação para o Óscar é uma espada de dois gumes (Jorge Mourinha in CineCartaz). Em exibição esta semana na Castello Lopes. No Solmar continuam O Bom Alemão + O Véu Pintado. A estreia ficou-se por Venus com Peter O'Toole.

Felicidade Alheia

O des(norte) do hooligan!

quinta-feira, abril 26

a:termita

Rua do Mercado. Ponta Delgada. Março 2007. Um seriado cuja composição tem vindo a ser ultimada - o levantamento fotográfico, rua a rua, na cidade de Ponta Delgada dos inúmeros imóveis que se encontram degradados, fechados ou simplesmente abandonados. Infelizmente, um acontecimento nefasto decorrido no dia de hoje precipitou a sua entrada. Premonitório!?

Desculpe, importa-se de repetir!?.

«Aconteça o que acontecer, o meu propósito é levar o mandato que os lisboetas me confiaram até ao fim»

Uma por noite*















* ao sabor do meu estado de espírito




quarta-feira, abril 25

Liberdade há muita(s), seu palerma!

Após televisionar as comemorações oficiais do 25 de Abril, na Assembleia da República, ficou-me a ideia para um post... Infelizmente, a telepatia acedeu à Glória Fácil.
Festejo o 25 de Abril desde 1961. Nesse dia, lá por casa havia - ainda há, confirmei-o à pouco pelo telefone - sempre imensos ramos de rosas, de todas as cores.
A partir de 1974, passei a ter duas boas razões para festejar esta data e às rosas juntaram-se os cravos.

Uma por noite*













* ao sabor do meu estado de espírito



terça-feira, abril 24

daqui posto de comando...



sempre

O Livro do Nuno*



MELANCÓMICOAforismos de Pastelaria
Nuno Costa Santos

Livraria Solmar – 23 de Abril de 2007

"Até ao dia em que assassinou uma
Para apresentar um novo livro, só convidava pessoas que o tinham odiado."

Bom, é esta então a guilhotina que vai pairar sobre mim até ao fim desta apresentação. Ora, a este propósito, eu devo começar por dizer que o Nuno é meu amigo. Um muito querido amigo, de longa data, com quem tenho partilhado gostos e afinidades, descoberto poetas e ensaístas, com quem tenho aprendido pequenos segredos e grandes histórias, com quem bebo cafés e imperais, com quem converso e confesso e, ás vezes até, discuto viva e acaloradamente. É importante dizer isto logo de início em jeito de declaração de intenções. Porque como estou aqui para apresentar o novo livro do Nuno, não quero que fiquem com a suspeição de que os exacerbados elogios que eu vou fazer a seguir ao seu livro se devem apenas a uma cumplicidade entre amigos, ou à ameaça iminente de um assassinato ao fim da última palavra. Não, eu hoje tenho a dupla felicidade de poder despejar uma série de descomunais e arrebatados panegíricos a um grande livro escrito por um grande amigo porque o livro é mesmo brilhante e ele é mesmo meu amigo. Dupla e rara bênção.

MELANCÓMICO é o terceiro livro do Nuno enquanto escritor, sim porque ele acumula em si essas duas condições totalmente antagónicas de autor e editor, coisa rara e que diz muito da sua personalidade. Gostaria de poder assistir a uma conversa do Nuno escritor apresentando um livro ao Nuno editor. Depois de Dez Regressos, livro de contos, editado pela saudosa Salamandra, depois do livro de poesia Os Dias Não Estão Para Isso, editado pela sua Livramento e de O Inferno do Condomínio lançado pela Gradiva. Chegamos ao MELANCÓMICO.

O Melancómico começou por ser um blogue, ou melhor o Melancómico começou por ser O Quarto Andar sem Elevador, o Desejo Casar e outros blogues do Nuno. Aliás o Melancómico é o Nuno. Porque o Melancómico é mais do que um livro, ou um projecto literário, ou um personagem, ou mesmo mais do que um conceito. O Melancómico é toda uma nova maneira de ver a realidade e de entender a vida. O Melancómico é tão extraordinário que tal como todas as grandes obras de ficção contemporânea já passou de livro a filme e depois a série de televisão. O Melancómico deixou a sua existência em texto e fruto do trabalho conjunto do Nuno com dois jovens realizadores portugueses, que por serem daltónicos usam o nome Daltonic Brothers (que estranho...), o conceito evoluiu para uma série de curtas metragens, que neste momento estão a ser vendidas às televisões, sim porque os artistas também pagam a renda e outras contas diversas.

Como uma imagem vale mais do que mil palavras proponho que vejamos o 1º episódio da versão celulóide do Melancómico. Não só porque me poupa a mim trabalho de apresentação mas porque os filmes são muito bons, Parafraseando outra grande personalidade da cultura portuguesa contemporânea - Let's look at a trailer.

Filme 1 [link para o site das Produções Fictícias, procure o Melancómico e clik]

Eis pois o Melancómico. Um personagem solitário num bairro qualquer de uma cidade qualquer, uma frase ao calhas num livro ao acaso, uma identidade, uma dor indefinida, o preço de um café na pastelaria da esquina, a Dona Bina, os grandes problemas da existência, o Márcio, os filhos, o fórum TSF, Deus e o IRS, o Lidl…

Melancómico é a busca do autor pela sua voz, o seu registo. No Melancómico existe um autor em trânsito e leitores na paragem. O Melancómico é uma forma de olhar, do autor sobre si e de nós ao espelho. O Melancómico é a capacidade do Nuno de nos representar a nós todos falando de si e do outro. Todos temos uma Dona Bina dentro de nós, e um Márcio, todos nós somos potenciais frequentadores do Fórum TSF. Todos nós pedimos um café e ponderamos se já pagamos a conta. Nós todos somos o Melancómico. Estes pequenos textos, estas frases, que o Nuno classificou de aforismos e que o são mas ao mesmo tempo são ainda mais do que apenas máximas, sentenças, isso, estes minúsculos textos, estes micro-contos, estes romances-mínimos, são a descrição do tempo, deste nosso tempo. Fosse só por isto e este pequeno livro já seria grande.

O Melancómico observa tudo. O Melancómico descreve tudo.

Literatura
"Cena do Ócio. Se quisesse fazer um retrato do país, Almada teria escrito a Cena do Ócio."
"A vaidade da escrita. Sempre que ia escrever um romance, contratava uma maquilhadora."


Dinheiro
"Enriquecimento com causa. Tem vergonha de falar sobre isso. Ficou multimilionário à custa de uma canção sobre a pobreza."

Trabalho
"Uma vida de Trabalho. A única coisa que deixou como herança foi um livro de recibos verdes."

Portugal
"O prognóstico da Dona Bina. Portugal ainda vai ser a Chelas da Europa."

Filhos
"Isto é assim. Eu não deixo o meu filho mexer nas louças. O meu filho não me deixa ter opiniões políticas."
"Jeito. Começo a pensar que o meu filho é uma criança com imenso jeito para os adultos."
"Intensamente generoso. O meu filho é tão intensamente generoso que não se limita a dar coisas às pessoas. Ele atira coisas às pessoas."


Opinion-Makers
"Alberto Charrua, 61 anos, que nos liga de Coruche. Eu acho que só os ortopedistas podem pronunciar-se sobre temas fracturantes."

Intelectuais
"Recibos. Ele era tão intelectual, tão intelectual que até o seu livro de recibos verdes era editado pela Assírio e Alvim."

Política
"Conselho. Antes de fundar um partido, crie uma facção dos renovadores."
"Vocação: Político. A minha vida está cheia de promessas não cumpridas."


Relações
"Relação com excesso de velocidade. Ficou com o namorado apreendido durante três anos."
"Duas amigas. Num gesto de generosidade, ela quis emprestar o marido à amiga. Mas a amiga disse logo; "Obrigada, mas já tenho esse".


Deus
"Márcio interrompe o jantar para fazer uma pergunta. Em que categoria Deus está inscrito na Finanças?"
"Dona Bina não sabe a resposta mas não fica calada. Isso não sei. Só sei que isto está tão mau para todos que se Cristo resolvesse descer à Terra teria de ficar alojado no Íbis."


Sexo
"Da manipulação dos factos. Muito mais frequente do que a desonestidade intelectual é a desonestidade sexual."


Tudo isto organizado pela lógica do desordenamento (urbano) natural. Culpa da Deolinda, a empregada, que um dia chegou a casa e arrumou tudo, (pela cor das lombadas?)

Tudo isto é o Melancómico, micro-contos sobre vidas que podem ser como as nossas.

"La vida loca. Nunca saiu de casa dos pais. Nunca teve amigos. Nunca teve namorada. Nunca teve emprego. Nunca foi ao cinema. Nunca leu um livro. Nunca foi jantar fora. Nunca foi a uma discoteca. Mas, antes de morrer, a última frase que lhe ocorreu pronunciar foi Livin’ la vida loca."


Vejam...

Filme 2

"Em todas as obras de génio reconhecemos os nossos pensamentos rejeitados - Regressam a nós com uma certa majestade alienada."
Ralph Waldo Emerson (1803 – 1882)

Esta frase de Emerson aplica-se perfeitamente ao trabalho do Nuno. Poucos autores podem arreigar-se o direito de criar um conceito, de serem absolutamente originais ao ponto de inventar um termo. O Nuno fez exactamente isso. Ao fazê-lo deu um novo contributo à língua e à cultura. Moldou uma nova ideia para definir aquilo que somos, para definir aquilo que é a vida normal de todos os dias. Agora temos a expressão Melancómico para nos descrever. É óbvio que nisto existem referências, inspiradores. Óscar Wilde, Woody Allen, Larry David, Harvey Pekar, Charlot e Buster Keaton, entre muitos outros. Dentro do cânone português Eça e Pessoa imediatamente surgem na mente, o Eça crítico feroz e incansável da mediocridade portuguesa e o Pessoa - Bernardo Soares - do Livro do Desassossego. Ou então Cesário, O'Neill, Sttau Monteiro, Cardoso Pires e Mário Cesariny. Mas o que o trabalho do Nuno têm de mais original é esse distanciamento em relação à tradição portuguesa, é que embora Portugal seja um País com uma tradição humorística extensa e antiga o humor português é mais ligado à sátira do que à ironia e o Melancómico é pura ironia. Para existir ironia é necessário um profundo respeito pelo outro, pela sua liberdade individual. O ironista quando aponta um defeito, ou critica uma atitude, fá-lo com a esperança última de que haja uma modificação, fá-lo com a convicção de que é possível e desejável uma mudança, mas ao mesmo tempo com um respeito absoluto e uma convicção plena no direito à diferença. Também na forma o Melancómico é mais devedor da tradição anglo-saxónica, os pequenos textos do Nuno são verdadeiras punch-lines cómicas. O Melancómico é puro wit e esse é um substantivo que só a língua inglesa tem.

O Melancómico não é jocoso, não faz escárnio, o Melancómico é sarcástico e mordaz e ao mesmo tempo e mais do que tudo é poético e sublime. O Melancómico é, afinal, a possibilidade de nos rirmos do quotidiano ou de Deus com o mesmo prazer e alegria. O Melancómico é a capacidade de um sorriso se ver a si próprio ao espelho com melancolia.

Eu sou Melancómico: "Definição havaiana de poeta. O poeta é um surfista que tem medo das ondas."

Obrigado Nuno.



*Versão escrita da apresentação de ontem do Melancómico na Livraria Solmar

Incontinências

Ontem, a minha neurastenia latejante deixou-se levar pela comicidade do momento.

domingo, abril 22

Convite

Lançamento do livro MELANCóMICO - aforismos de pastelaria de Nuno Costa Santos, no dia 23 de Abril - Dia Mundial do Livro, pelas 19h, na Livraria Solmar. Este evento terá a projecção de dois vídeos da autoria dos Daltonic Brothers, e conta com a presença de Nuno Costa Santos.

Via LS

1, 2, 3...9´de Jazz












The Bad Plus - "Physical Cities"




O Bom, O Mau e o Vilão *

Há quem diga que o Ricardo Lalanda só quer mulheres, bons carros e vinho... De bons carros, gosto. Sou adepto de uma segurança activa e passiva. Os bons carros deviam ser subsidiados porque são mais seguros que muitas carroças que andam por aí. De resto, não consumo álcool nem drogas. Pesadas nunca experimentei. Chamon experimentei há 30 anos e não gostei (fiquei com um sabor engomado na boca e nunca mais repeti). De mulheres, gosto. Respeito muito as mulheres e ninguém encontra uma que tivesse estado comigo contra vontade.
Uma entrevista sensacionalista que explora o carácter eminentemente provocatório de Ricardo Lalanda. Para ler na integra.

* o Lado C do Vox Populi

AUX ARMES CITOYENS

Hoje é o dia deles votarem. Todos são unânimes em colocar Sarkozy, uma espécie de Jean Paul Belmondo versão light, na próxima volta das presidenciais, mas o centro das atenções vai para quem cortará a meta em segundo lugar. Segoléne, cujo charme muitos não apreciam no domínio da política externa, ou François Bayrou, de todos aquele que me parece ter a gravitas necessária ao futuro inquilino do Palácio do Eliseu?

Dom 01:50 AM

sábado, abril 21

Notícias de Cannes.

"Acontece em Maio. Começa a 16 vai até dia 27. O maior festival de cinema do mundo já tem cartaz: Cannes 2007 celebra a variedade e a exuberância criativa do cinema através de um affiche que combina várias fotos, assinadas por Alex Majoli (Agência Magnum) e obtidas durante a edição de 2006; a montagem das imagens é de Christophe Renard. No topo está o cineasta do Mali, Souleyman Cissé; na zona central do cartaz surgem a espanhola Penélope Cruz, o chinês Wang Kar-wai e dois franceses, Juliette Binoche e Gérard Depardieu, tendo entre eles a neozelandesa Jane Campion; na linha de baixo estão dois americanos, Bruce Willis e Samuel L. Kackson, e o espanhol Pedro Almodóvar."
João Lopes no sound + vision


Dos filmes que concorrem à Palma de Ouro à 60ª edição do Festival Internacional de Cinema de Cannes tenho alguma curiosidade em: “My Blueberry Nights” de Wong Kar-wai, “Paranoid Park” de Gus Van Sant, e “Breath” de Kim Ki-duk e tenho mesmo muita curiosidade em "Persepolis" de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud.



Ps:
Maria de Medeiros faz parte do júri presidido por Stephen Frears. Será que nas sessões mais fastidiosas vai entreter o público com alguns temas, num português/brazuca/afrancesado, de "Little More Blue"? Que conforme rezam as notas do site CdUniverse: "2007, release from of of the most popular Portugese singer."
Porque os sound bytes são melodiosos.






Agora algo completamente diferente.













Não meus caros não é outro Mp3.
Nos últimos dias tenho andado a pesquisar sobre a pequenina islandesa. Para obter algumas informações privilegiadas tive de proceder a alguns registos e fornecer o meu endereço electrónico.
Hoje, recebi um e-mail com algumas informações preciosas entre as quais um convite a participar na competição para a criação de um vídeo do tema Innocence que integrará o próximo album de Bjork.
Como sei que andam por aí uns parceiros com ideias de se aventurarem nas artes do vídeo deixo aqui o link para o site da competição que disponibiliza para já alguns recursos como letra e música, capa do cd e fotos da escultura utilizada. Outros recursos serão enviados posteriormente após registo no referido site.
Divirtam-se.
http://unit.bjork.com/innocence/

quinta-feira, abril 19

Uma por noite*















* ao sabor do meu estado de espírito



Segundo a Wikipédia, "Björk Guðmundsdóttir(Reykjavík, 21 de novembro de 1965) é uma cantora islandesa famosa no meio da música alternativa. É aclamada pelo seu experimentalismo musical e mundialmente reconhecida pela sua excentricidade. Chama a si várias referências, desde a música clássica até à electrónica mais extrema."

Fica aqui um exemplo do seu precoce experimentalismo, no seu primeiro álbum gravado 16 anos de "Debut". No tema disponibilzado acima Björk, com apenas 12 anos, toca flauta e interpreta um cover de "Fool on the Hill" dos Beatles.
A magnífica capa foi criada po
Hildur Hauksdóttir, mãe da promissora artista.
O album completo, que foi disco de platina na Islândia pode ser descarregado AQUI


Na latrina

...

Freud, Lucien
...
Notícia a SIC, com o rigor habitual, que uma "mega operação" da Polícia Judiciária deteve dezenas de operacionais Skins. Essa comandita de oligofrénicos, rapados até ao calo do escalpe, ao que tudo indica tem vindo a ser patrocinada pelo cada vez mais visível Partido Nacional Renovador. Contudo, na génese de tal estirpe está o próprio Estado que não cumpre, nem faz cumprir, os seus poderes de fiscalização e de "law enforcement" e com essa displicência vai atiçando a cozedura do ovo da serpente. Por exemplo : um Estado que se demite, porventura por uma ideia distorcida de tolerância, de impor a cidadãos estrangeiros as mesmas obrigações, designadamente fiscais ou de segurança social, com que onera os cidadãos nacionais é um Estado que negligentemente fomenta um clima de discriminação negativa. Nesta, como se sabe, germina a semente de todos os "ismos" malignos.

Claro que isso não justifica o injustificável mas não deixa de constituir uma gamela que ajuda a engordar a besta. Será até temerário presumir que esta besta se deixa influenciar por factores exógenos ao seu mandato eugénico. Estará, por certo, esta gente tão alienada no ardil da sua missão evangelizadora da pureza da raça, da xenofobia e do anti-semitismo -(que agora regressa em forma de negacionismo do holocausto)-, imersa num ódio negro a todos os que divergem da sua ideologia formatada pela cartilha do "mein kampf", que é de duvidar legitimamente da sua idoneidade para receber qualquer output, apesar de garantirem que as "ideias não se apagam - discutem-se" ! Seja como for parece que alguns espécimes desses puros Übermensch lusitanos foram detidos na posse de armas ilegais -(adereços que por certo não escasseiam em Portugal)- e de propaganda nazi. Mas, as imagens da SIC, em contradita com o soundbyte da notícia, foram inicialmente tranquilizadoras, pois a trupe em causa era de calibre lupanar e o arsenal quase artesanal. Contudo, no final da peça confesso que fiquei aterrorizado com o zelo inquisitorial dos agentes na apreensão da dita propaganda. Não é que com uma garrafa de "Licor Beirão" em cenário de fundo (!) uma justiceira mão da autoridade exibia literatura inquinada com o bacilo fascista. Entre os ditos livros de elevada perigosidade lá constava uma obra de George Orwell ! Fiquei deveras aterrorizado pois não há besta pior do que a ignorância e o pobre do Orwell não merecia a desdita de tão ignóbil companhia.

Mas como os tempos estão perigosos, à cautela, vou tratar de camuflar as obras completas de Orwell que tenho lá por casa, e do mesmo passo vou dar descaminho para o cofre do já gasto exemplar dessa obra herege e "fassista" cujo título torpe e infame é o "Triunfo dos Porcos". Seja como for, o "caso" só certifica a óbvia conclusão de que a escatologia não tem outra ideologia que não seja a latrina.
...
posted by João Nuno Almeida e Sousa

CineClube

The Good German Berlim 1945. Jake Geismer (George Clooney), correspondente de guerra americano, acabou de chegar para fazer a cobertura da Conferência de Paz de Potsdam, onde os líderes dos Aliados irão determinar o futuro de uma nova Europa, o destino dos vencidos... e no processo resgatarem e sonegarem objectos de valor que tenham sobrado. Não é a primeira visita de Jake a Berlim. Já vivera e trabalhara na cidade, e também ali se tinha apaixonado. Mas tudo isso, parece ter acontecido numa vida passada, à medida que observa a devastação. O seu motorista, o cabo Tully, por baixo de uma aparência de rapaz bondoso e desejoso de agradar a todos, é corrupto até ao tutano. Mas isso parece comum, na Berlim do pós-guerra em que todos escondem um segredo e fazem tudo para obter dinheiro, poder ou simplesmente sobreviver. Os negócios de Tully não interessam a Jake, mas a sua namorada sim. Lena (Cate Blanchett) fora a sua antiga paixão, mas a guerra e as dificuldades transformaram-na para sempre. E quando Tully aparece morto, Jake tenta deslindar o mistério da sua morte. Mas quanto mais investiga, mais percebe que é impossível desenterrar toda a verdade quando as pessoas só querem esquecer: esquecer os horrores da guerra e esquecer tudo o que precisaram de fazer para sobreviver (in CineCartaz). A não perder exibição esta semana no Solmar.

quarta-feira, abril 18

Uma por noite*














* ao sabor do meu estado de espírito

Comentário em forma de post.

" GUERNICA " é um óleo sobre tela de autoria de Pablo Picasso, datado de 1937.
O painel que tem as dimensões de 350 x 782 cm. encontra-se actualmente exposto no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid.



Como escrevi há um ano, neste mesmo jornal (Educação Artística - AO de 28 de Março de 2006) e nunca será demais repetir, faz falta nos Açores uma Escola de Educação Artística.
Mas na minha modesta opinião, que então tentei expressar, uma escola vocacionada para as tradicionais Belas Artes (Pintura e Escultura), por excelentes professores que tenha, prestará sempre uma insuficiente formação, pois a insularidade - infame palavra, de inúmeros significado
$ - singularizará, certamente, o conhecimento por descrição.
Nestas Belas Artes o conhecimento através dos livros ou do écran do computador é, e será sempre, insuficiente. À maior parte dos discentes faltar-lhes-ia o conhecimento por contacto: o "cheiro", a textura, a pincelada ou cinzelada, a luz e até a real dimensão.

Mas, por outros trilhos caminham outras Artes também Belas...



coisas que nos fazem acreditar que o futuro é possível

Via Uncut descubro que um dos temas escolhidos pela campanha de Hillary Clinton é, nem mais nem menos do que, "Right Here Right Now" dos Jesus Jones. Acontece que isto, para alguém que foi teen no virar dos oitentas para os noventas, só pode gerar bons sentimentos. A nostalgia é uma coisa tramada. Go Hillary!

Reporter X

Faz falta uma escola de Belas-Artes *

Este título vem a propósito das declarações de Bartolomeu dos Santos numa notícia publicada neste jornal, no passado domingo dia 15 de Abril, onde o conceituado artista faz referência à necessidade da implementação nos Açores de "uma escola de Belas-Artes pequena, com bons professores". Nada mais verdadeiro e um assunto sensível a todos os artistas da(s) ilha(s).

A presença do artista em São Miguel deve-se à Academia das Artes dos Açores, que promoveu um workshop de gravura para inaugurar o seu atelier de gravura, que levou quase um ano a ser construído, sob a orientação técnica de Bartolomeu dos Santos, tendo sido financiado na totalidade pela Direcção Regional da Cultural, através do projecto ARTCA.

O espaço da Academia das Artes, em Ponta Delgada, foi apontado desde a sua fundação, pela escultora Luisa Constantina, como o pólo ou um dos locais prováveis à concretização ou à implementação do sonho da sua fundadora.

No entanto, e apesar de alguns rumores, nos últimos anos nada de concreto se efectivou no que concerne à desejada escola de Belas-Artes.

E importante olhar as artes e a cultura como elementos preponderantes da formação dos indivíduos e como um investimento futuro.

Apesar do muito que tem sido promovido, o investimento cultural nunca é de mais. E nessa medida é necessário que haja continuidade na concretização dos bens culturais, que não passam apenas pelos equipamentos.

A formação e o confronto artístico são ainda diminutos na Região. Falta conhecimento do Mundo e nem tudo pode ser visto apenas pelo(s) ecrã(s). Fruto, sobretudo, da falta de hábitos e de consumo cultural, há quem ache que temos excesso de oferta cultural!? Desculpe, importa-se de repetir!?...

Em jeito de nota final, desejo à nova direcção da Academia das Artes - óptimas concretizações!...

* publicado na edição de 17/04/07 do AO
** Email Reporter X
*** Foto X

Alta Fidelidade


Há vida pós-dilúvio.

terça-feira, abril 17

Uma por noite*














* ao sabor do meu estado de espírito

Vox Populi

"auscultar o vox populi, essa entidade sagrada de cujos pronunciamentos - sempre inteligentes e informados - dependem os deuses."

Miguel Castelo Branco - Combustões



...

"Ao que o Portugalex apurou o palhaço batatinha -(batatinha que foi o professor do curso de semiótica do nariz vermelho)- chegou a ser convidado para reitor da Universidade Independente, mas terá recusado por considerar, e passamos a citar: "isso já era palhaçada a mais"."

Portugalex

"Será que Sócrates sofre ele também do deslumbre nacional com que os títulos de doutor e engenheiro substituíram em tempos pós-monárquicos a profusão de titularidades, dadas em troca de favores e dinheiro, que caracterizaram o liberalismo e que Almeida Garrett imortalizou com a frase:"Foge, cão, que te fazem barão! Para onde se me fazem visconde?"

São José Almeida, no Público

"A Universidade Independente (UnI) promete hoje abrir o cofre onde está guardado o dossiê do primeiro-ministro enquanto ex-aluno daquela instituição, explicar as conclusões do processo interno de averiguações ao seu percurso académico e revelar suspeitas sobre captação de alunos para outras universidades. Ou seja, revelações "bombásticas"."

Primeira página do Correio da Manhã

"Já ninguém tira à Universidade Independente os "servicinhos", académicos, prestados então ao futuro administrador da CGD e ao actual 1º ministro de Portugal. Os canudos deveram-se a uma varinha mágica nas mãos de uma fada de nome Morais que de pródigo professor passou a colaborador com nomeações nos governos Vara/Guterres e depois no do próprio Sócrates"

Estêvão Gago da Câmara, no Açoriano Oriental

"António Morais foi professor no ISEL entre 1992 e 1995. No início do ano lectivo de 1995/1996 mudou-se para a UNI, tal como José Sócrates, e assumiu as funções de director do curso de Engenharia Civil, lugar em que se manteve dois anos. Logo em Novembro, quando já era professor de Sócrates e este era Secretário de Estado do Ambiente, tornou-se assessor de Armando Vara, secretário de Estado da Administração Interna. Em Março seguinte foi promovido a director do Gabinete de estudos e Planeamento de Instalações do MAI. Seis anos depois demitiu-se, após uma auditoria que detectou numerosas irregularidades na adjudicação de empreitadas de obras públicas. Apesar disso, em 2005, veio a ser nomeado presidente do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça por despacho de José Sócrates e do ministro da Justiça."

José António Cerejo, no Público

"As palavras-chave do discurso do nosso PM, "choque tecnológico" e "rigor", ficaram de vez reduzidas as chavões."

Maria Graça da Silveira, no Miauu Girls.

"Sócrates tirou o seu verdadeiro curso no partido"

Vasco Pulido Valente, no Público.

INJAZZ

Para descobrir na Clean Feed o último disco do pianista João Paulo. Mais info em MUU.