quarta-feira, março 5

Hillary


foto: Todd Heisler/The New York Times

Na noite de ontem, Hillary Clinton conquistou um importantíssimo balão de oxigénio na sua corrida à nomeação como candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos. Com as vitórias em Ohio, Texas e Rhode Island, Hillary vê assim legitimada a sua permanência numas primárias que muitos queriam ver terminadas prematuramente. Olhando para os resultados e excluindo a vitória expressiva de Obama no Vermont, o Texas é o caso mais paradigmático. Se bem que por uma curta margem, Hillary consegue uma vitória nas primárias feitas por voto secreto do Texas, segurando o voto hispânico e vencendo no interior rural, fora dos grandes centros urbanos, enquanto Obama mantêm a sua dinâmica própria segurando vitórias nos caucus, em que o voto é expresso publicamente perante os restantes eleitores. Estes detalhes são fulcrais não só para a contagem dos delegados, mas também para a percepção daquilo que é a tendência do eleitorado. Mas daqui para a frente e em face dos desenvolvimentos do outro lado da barreira, John McCain obteve o numero mágico de 1191 delegados necessários para a nomeação, os dois candidatos democratas irão combater em duas frentes, não só entre si, mas contra McCain. A grande questão que vai centrar esta campanha de agora em diante é a dinâmica e a capacidade de vitória, quem tem mais possibilidades de chegar à Casa Branca. Aquilo a que os americanos chamam electability. Do lado Republicano já foi anunciado para hoje o endorsement de Bush a McCain, provavelmente na própria Casa Branca, no que será certamente uma imagem mediática fortíssima. Exige-se agora aos democratas que ponderem e escolham aquele com maior possibilidade de derrotar os republicanos num país que é na sua essência um país conservador. The race is, still, on.

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