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Manuela Ferreira Leite, já abreviada para M.F.L. como se tivesse a força de um movimento, assumiu a liderança do PSD porventura com a nostalgia de uma espécie de Cavaco de saias que a sua figura sugere. Do naipe de candidatos M.F.L. era a que caucionava ser o maior pesadelo deste PS feito à imagem e semelhança do Sr. Pinto de Sousa. Sinal dessa qualidade foi mesmo confessado por António Vitorino, uma das personalidades maiores da vida política Portuguesa, que afirmou que M.F.L. era a candidata que os Socialistas mais temiam. Porquê? Pela credibilidade. Este valor não se reflecte apenas internamente mas é também uma marca que diferencia M.F.L. do Sr. Pinto de Sousa cuja credibilidade tem o porte de uma "licenciatura" passada num dia de Domingo! Porém, como bem demonstra o exemplo do Sr. Pinto de Sousa, a credibilidade não é um valor absoluto para o eleitorado Português. A primeira Senhora a assumir os destinos de um Partido político em Portugal tem pois um caderno de encargos difícil de cumprir. Ao contrário de Passos Coelho, que reeditava a ideia de "menos Estado, melhor Estado", M.F.L. terá que apresentar aos Portugueses um programa Social Democrata para um País cuja economia parece recusar mais despesa pública. Para tal resta-lhe a possibilidade de redução da carga fiscal imposta pelo Sr. Pinto de Sousa a pretexto do déficit das contas públicas. Veremos se há em M.F.L. a coragem e o engenho para, com credibilidade, oferecer aos Portugueses uma alternativa de reestruturação do Estado, à conta do próprio Estado, sem ser a expensas dos cidadãos. Temo, contudo, que haja em M.F.L. alguma extemporaneidade e mais uma oportunidade perdida de renovação do PSD. Acaso M.F.L. tivesse sucedido a Durão Barroso creio que o "golpe de Estado" Constitucional orquestrado por Jorge Sampaio não teria ocorrido. Mas, foi preciso o PSD passar por uma das suas mais negras páginas, e pela novela da má moeda, para que M.F.L. e os seus correligionários tenham agora a pretensão de serem a boa moeda que falta ao Partido. Veremos se o valor nominal da credibilidade que apregoam tem câmbio no valor real dos votos dos Portugueses. O PS que se cuide.
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(post-scriptum: Desta vez, ao contrário do que sustentam os críticos tipo assim, a vitória de M.F.L. foi também uma vitória para as estruturas regionais do PSD Açores. Espera-se que estes façam lembrar tal facto a M.F.L. quando e sempre que for necessário.)
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JNAS nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
Manuela Ferreira Leite, já abreviada para M.F.L. como se tivesse a força de um movimento, assumiu a liderança do PSD porventura com a nostalgia de uma espécie de Cavaco de saias que a sua figura sugere. Do naipe de candidatos M.F.L. era a que caucionava ser o maior pesadelo deste PS feito à imagem e semelhança do Sr. Pinto de Sousa. Sinal dessa qualidade foi mesmo confessado por António Vitorino, uma das personalidades maiores da vida política Portuguesa, que afirmou que M.F.L. era a candidata que os Socialistas mais temiam. Porquê? Pela credibilidade. Este valor não se reflecte apenas internamente mas é também uma marca que diferencia M.F.L. do Sr. Pinto de Sousa cuja credibilidade tem o porte de uma "licenciatura" passada num dia de Domingo! Porém, como bem demonstra o exemplo do Sr. Pinto de Sousa, a credibilidade não é um valor absoluto para o eleitorado Português. A primeira Senhora a assumir os destinos de um Partido político em Portugal tem pois um caderno de encargos difícil de cumprir. Ao contrário de Passos Coelho, que reeditava a ideia de "menos Estado, melhor Estado", M.F.L. terá que apresentar aos Portugueses um programa Social Democrata para um País cuja economia parece recusar mais despesa pública. Para tal resta-lhe a possibilidade de redução da carga fiscal imposta pelo Sr. Pinto de Sousa a pretexto do déficit das contas públicas. Veremos se há em M.F.L. a coragem e o engenho para, com credibilidade, oferecer aos Portugueses uma alternativa de reestruturação do Estado, à conta do próprio Estado, sem ser a expensas dos cidadãos. Temo, contudo, que haja em M.F.L. alguma extemporaneidade e mais uma oportunidade perdida de renovação do PSD. Acaso M.F.L. tivesse sucedido a Durão Barroso creio que o "golpe de Estado" Constitucional orquestrado por Jorge Sampaio não teria ocorrido. Mas, foi preciso o PSD passar por uma das suas mais negras páginas, e pela novela da má moeda, para que M.F.L. e os seus correligionários tenham agora a pretensão de serem a boa moeda que falta ao Partido. Veremos se o valor nominal da credibilidade que apregoam tem câmbio no valor real dos votos dos Portugueses. O PS que se cuide.
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(post-scriptum: Desta vez, ao contrário do que sustentam os críticos tipo assim, a vitória de M.F.L. foi também uma vitória para as estruturas regionais do PSD Açores. Espera-se que estes façam lembrar tal facto a M.F.L. quando e sempre que for necessário.)
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