quinta-feira, setembro 11

a memória de Antero

Por endiabrada ironia da história na mesma altura em que passa mais um aniversário da morte de Antero de Quental, cujo elogio é brilhantemente feito pelo Carlos aqui em baixo, o meu partido, o PS, extingue a sua Fundação Antero de Quental, para criar uma coisa chamada Fundação Res Publica. Assim vai o Partido Socialista apagando a sua memória e o registo daquelas que deviam ser as suas figuras tutelares, em nome de um vazio ideológico e de um pragmatismo eleitoral perfeitamente pueril. Talvez o PS-Açores pudesse dar um exemplo de nobreza ideológica e intelectual, chamando a si a memória de Antero, em vez de se perder em "saladas de frutas" mais ou menos estéreis como os Fóruns disto e daquilo. Antero merece que o PS-Açores use a sua memória na construção de um conjunto de reflexões políticas, ideológicas e filosóficas sobre o futuro do socialismo nestas nove ilhas que também foram dele. Fica aqui o desafio (ou o ensejo...).

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