segunda-feira, maio 11

os desvarios da sorte

estou por motivo de fraldas em sabática do bloganço, mas interrompo a fase para dizer uma ou duas coisas sobre o tema regional do momento – a Sorte de Varas.
1º Para dizer que apesar de republicano, socialista e laico e muito pouco marialva ao estilo de Alegre, gosto de touros e de touradas. Tenho grande respeito pela Festa Brava e sei reconhecer-lhe a estética e acima de tudo a bravura, que é algo que parece, nos tempos que correm, ter saído de moda. 2º Irrita-me o simplismo básico da argumentação apresentada por ambos os lados desta questão: de um lado a tradição, como se a tradição fosse justificativa para tudo, também é tradição as mulheres ficarem na cozinha…; do outro o sectarismo dos maus tratos dos animais, como se menos de meia centena de touros por época fosse muito mais grave do que centenas de bezerros por mês num qualquer matadouro das ilhas! 3º e último, para reforçar a opinião já expressa aqui pelo Pedro Albergaria. Não me conformo que esses senhores que supostamente foram eleitos para nos representar num parlamento cada vez mais vazio e inútil tenham escolhido este tema para pela primeira vez por à prova as conquistas do novo Estatuto, é lamentável, para dizer o mínimo. Seria bom que começássemos a falar de coisas sérias. Mas isso se calhar já é esperar muito.

Sem comentários: