sábado, julho 31

Sob Escuta

...

...
Em estágio para a Noite Branca do Coliseu, que já foi "negra" para alguns apesar de agora propagandearem que é a mais alva e brilhante das festas do Verão, eu que prefiro a miscigenação - (que muito faria pela raça Açoriana) - deixo aqui nota do nascimento de uma Diva da pop: Janelle Monáe. Vinda do futuro com o seu álbum de estreia, "The Archandroid", Janelle é uma freak que cruza a exuberância pop de Michael Jackson com o conceptualismo de Ziggy Stardust mas sem a melancolia de David Bowie. Com a dimensão épica de Grace Jones esta nova estrela da pop faz brilhar o ébano da sua raça com outra elegância. Embora receba a herança de sofisticação de uma pop que enxerta na sua linhagem o classicismo de várias linguagens, escondendo a vanguarda da sua banda sonora sob a veste conservadora de um smoking - (ou tuxedo como lhes chamam na América) -, o certo é que esta nova estrela é do outro mundo mas vai brilhar neste. Ladies and gentlemen the funk is on

Exposição 'Colectiva 2010'



Para celebrar 10 anos da GFM e para visitar até 30 de Setembro, de 2ª a sábado das 14h às 19h.

sexta-feira, julho 30

Mais governância é precisa!

Diria até mesmo que, nos dias que correm, a mesma será imprescindível.

"A boa governação e a efectiva participação dos cidadãos são os dois parâmetros orientadores das democracias modernas, mas, na teoria geral da administração, verificam-se limitações impostas pelos diversos sistemas de planeamento e de execução das políticas públicas, pelos tipos de democracia e de governação decorrentes. A participação dos cidadãos nos assuntos públicos circunscreve-se à condição de cidadania dos administrados que assumirá maior ou menor dimensão consoante as regras que os sistemas imprimem nos desideratos de funcionamento do Estado e dos organismos que materializam as suas funções. A participação individual estimula a integração do indivíduo na identificação e selecção das respostas aos seus problemas domésticos, propiciando a participação colectiva, uma associação organizada em prol do bem comum e da resolução de problemas de ordem social a demandar naturalmente, respostas de interesse geral. Nestes contextos diversos e por vezes contraditórios, aparece o fenómeno da cultura política como descodificadora das interpretações da cidadania, sendo certo que, a uma intensa apropriação pelos demais, corresponde uma cidadania equivalente. A governância, um conceito muito recentemente vulgarizado mas com antecedentes já longos, refere-se à gestão dos assuntos públicos com índices fortes de associação dos cidadãos e das suas organizações numa perspectiva mais abrangente da convergência dos Estado aos administrados, afinal, seus “stakeholders” directos. Algumas experiências de sucesso na administração do território, a nível local, suscitam o interesse para uma abordagem à realidade municipal e ao processo da tomada de decisão, que permitirá analisar o seu enquadramento institucional, bem como as funções e a organização do poder local, na actualidade. Por seu lado, o processo de decisão convoca, em sua sede, um conjunto de intervenientes que (re)produzem situações de participação, nas quais os cidadãos se reconhecem ou se demarcam, conforme os diversos canais de relacionamento que condicionam a sua inclusão ou o seu afastamento. A construção democrática da participação levanta, assim, algumas questões de equilíbrio sistémico. Neste quadro particular da participação dos cidadãos, o comportamento dos municípios portugueses é objecto de um estudo empírico. Nele, se procura, por um lado, identificar os tipos e as formas dessa participação, os estímulos e os entraves à sua implementação e aumento bem como as estruturas que a materializam e por outro lado, avaliar as diversas influências sobre os decisores e sobre as decisões. A partir daí, se conclui da existência ou do recalcamento de institutos de participação, quiçá de governância local. Conclui-se que, apesar de uma grande preocupação e interesse pelo instituto da participação dos cidadãos, as realidades são divergentes e contraditórias, podendo afastar os municípios portugueses dos paradigmas da governância, que alguns teimam em considerar como um direito básico. O tema da governância apresenta vários desafios às democracias e em particular aos poderes locais. Confrontam-se estes com uma oportunidade excepcional de abrir aos cidadãos as suas estruturas político-administrativas e o próprio espaço político. Com isto, podem dar uma resposta mais cabal às demandas sociais, numa perspectiva de partilha do poder que pode augurar maior dinâmica e prémio democrático comunitário".
Daqui

quinta-feira, julho 29

Morreu o actor António Feio

No comments

...

(*)
...
"A Associação Ecológica Amigos dos Açores denunciou esta quarta-feira, na passagem do Dia Mundial da Conservação da Natureza, o "cenário desolador" e a "degradação severa e permanente" da Fajã do Calhau, na costa sul de S. Miguel.
(...)
"Sem discussão pública e sem estudo de impacte ambiental, mas com verbas de todos os contribuintes, foi destruída a paisagem e diversos habitats com o intuito de promover a agricultura e, acima de tudo, o acesso automóvel a casas de veraneio", refere a associação num comunicado hoje distribuído." . Lê-se na edição de hoje do Açoriano Oriental.

Esta campanha de denúncia do escândalo da Fajã do Calhau vale mais do que qualquer retórica pelas imagens e video deste dano ambiental que ficará impune. Isto é que é ser mesmo Amigo do Ambiente. Creio que esta "pegada" ecológica está ao nível de uma maré negra com a agravante de que esta é passível de ser limpa.
...
(*) noutras circunstâncias esta imagem seria o header do :Ilhas.

quarta-feira, julho 28

Aviso à navegação

A foto do header do :ILHAS é uma vista aérea da Lagoa das Sete Cidades tirada pelo (ao) Francisco Botelho.

Esta nota já conta com um atraso de alguns dias mas fica aqui o agradecimento público.

Imperdível!



Danilo Perez, pianista e compositor natural do Panamá, nomeado este ano para o Jazz Person of the Year 2010, toca esta 4ª feira em Ponta Delgada.

Apesar de colaborar regularmente com os músicos Wayne Shorter, Wynton Marsalis, Jack DeJohnette ou Roy Haynes, Perez não esconde as suas origens – o aroma do jazz latino está bem presente na sua música.

Neste concerto, ao líder do quinteto juntam-se quatro músicos destacadíssimos do actual panorama jazzístico internacional: Adam Cruz, que muitos consideram o maior especialista de jazz em ritmos latinos, e Ben Street, baixista que já tocou e gravou com Kurt Rosenwinkel, Ben Monder e Sam Rivers, dois músicos que formam com Perez o Danilo Perez Trio. A eles juntam-se, neste quinteto, Rogério Boccato, percussionista brasileiro sediado em Nova Iorque, que já acompanhou músicos, como António Carlos Jobim, Hermeto Pascoal, Milton Nascimento, Egberto Gismonti; e Rudresh Mahanthappa, músico de ascendência indiana eleito em 2009 Rising Star-Alto Saxophone pela revista Downbeat, e também Alto Saxophonist of the Year pela Jazz Journalist Association
(in CCB).

DANILO PEREZ piano
ADAM CRUZ bateria
BEN STREET contrabaixo
RUDRESH MAHANTHAPPA saxofone alto
ROGERIO BOCCATO percussão

Este é, sem margem para dúvidas, um dos momentos altos da temporada de 2010 do Teatro Micaelense.

terça-feira, julho 27

Agente Provocador



Antes das férias o Agente arruma a casa e faz a lista daquilo que melhor ouviu nos primeiros 6 meses de 2010.

Para ajudar à faxina o convidado desta 4ª feira é o quase residente Pedro Arruda.

Para ouvir em directo na Antena3-Açores a partir das 22h00, nas seguintes frequências:

S. Miguel 87,7 MHz
Terceira 103,0 MHz / 103,9 MHz
Faial 102,7 MHz

...suburbia !

...

...
Carreira suburbana para o myspace aqui : http://www.myspace.com/arcadefireofficial com direito a passagem pelo site oficial dos Arcade Fire

segunda-feira, julho 26

Weekend Postcards

A noite de sábado foi passada ao sabor de um CSE e na companhia de um casal amigo. Revelaram-se, ambas, escolhas altamente recomendáveis.

Gosto sempre de voltar à Lota para saborear o Atum panado com sementes trituradas e molho de mostarda médio/mal. Posso até dizer que ando numa dieta de Atum. E não me tenho dado mal.

A restauração na Lagoa já viu dias melhores. A oferta recente e diversificada em Ponta Delgada retirou parte da hegemonia que dantes residia no concelho vizinho. Não tenho a fórmula para alterar este estado de coisas. Mas acho que parte da solução está na qualidade e na diferenciação.

O Largo do Porto é um local emblemático da Lagoa. Gostaria de o ver, e ao espaço que o rodeia e a este, em particular, mais habitado e melhor estimado. São alguns dos meus desejos para a Estação.

domingo, julho 25

...Eu hoje deitei-me assim !

...


...
The Suburbs é o terceiro LP dos Arcade Fire. A banda indie rock com sede no Canadá, e fãs worldwide, marca o ano com este album, seguramente o seu melhor, e sério candidato a um dos melhores discos de 2010. Com lançamento oficial marcado para 2 de Agosto em Londres, o disco gravado entre Montreal e New York, tem inspiração nas memórias dos irmãos Butler e da sua adolescência suburbana nas cercanias texanas de Houston. Win Butler sugere que The Suburbs "will sound like a mix of the Depeche Mode and Neil Young.". Não encontrei nem a electrónica dos Depeche Mode nem o lirismo folk de Neil Young, mas sim uma colecção de canções que vão marcar o calendário dos dias que restam de 2010.

sexta-feira, julho 23

Precisões


A União faz referência a imprecisões no Guia de Portugal do Expresso dedicado aos Açores.

Estou para postar há dias sobre o mesmíssimo assunto. Isto porque, para além das questões levantadas pelo diário angrense, existem inúmeras outras. Por exemplo: legendas e fotografias que não correspondem ao local indicado, múltiplas fotografias datadas, um sem número de sugestões de restauração/hotelaria simplesmente incompreensíveis, que mais parecem ter sido operadas à distância, sem grande rigor e atenção. Apenas para nomear aquelas que mais me chamaram à atenção.

De igual modo, e a título pessoal, considero que a foto da capa causa pouco impacto e é pouco 'representativa' do Arquipélago. Compreendo a tentativa de fugir ao cliché mas não o considero um exemplar feliz.

As Ihas agradecem toda e qualquer divulgação. Mas um jornal com os pergaminhos do Expresso devia conter outro rigor. Penso eu de que...

quinta-feira, julho 22

"HALF A PERSON"

A efervescência cromática dos dias dos outros contrasta com o padrão cinza dos meus.
Por estes dias a minha “Joie de Vivre" resume-se a muito pouco. Tornando-me num ser imensamente injusto, por provocar tamanho desequilíbrio entre as forças.
Queria, hoje, ver-me livre de tantas coisas. Umas boas, outras mesquinhas. Umas que me enchem a alma de alegria, contribuindo desmesuradamente para este sentimento de egoísmo, outras ainda que me consomem as entranhas.
Zarpar, parir e voltar a zarpar, há quem esteja para isso talhado. Quem me dera a mim cortar as amarras, cair em mim, e curtir a razão.
Acabar com aquilo que nos caracteriza mas, sem fazer nenhuma estupidez. Sem fazer nenhuma estupidez, será possível acabar com o que nos caracteriza, sem acabarmos connosco?
Atirarmo-nos para o chão a chorar e partir o caco a rir para, depois, voltarmos ao sorumbático abismo das nossas vidas pacatas.
Mas, onde está a fibra? Que têmpora é a nossa? Que gentes queremos iludir, sem que sejamos os primeiros a cair na esparrela?
Que caminho percorrer para arrastar os insolentes? Que forças usar para convencer os incrédulos? Que tomates escolher para a salada?
Torpedeado, vezes sem conta, por um conjunto de iluminados plagiadores, apetecia-me que a implosão fosse para fora, para que todos os vis saboreassem o valor da sua vitória.
Descomunal é a força necessária para que nada do que possamos dizer ou fazer seja transcendente e ofusque os nossos companheiros de viagem.
Borda fora é o destino dos que ousam ser diferentes, assentando a sua dinâmica no atrevimento e na inquietação. E o desassossego, periclitante, corrói as pontes que insistem em levar-nos a lugar nenhum.
Viver assustado, temendo o princípio da incompetência, raras vezes nos leva à viagem e, viajar é preciso! Sair dos lugares-comuns, mergulhar em águas turvas, às vezes, profundas e com um chapéu-de-chuva aberto, por causa de tanta água.

R.I.P.

Faleceu Jorge Nascimento Cabral.


Sempre emprestado às boas e nobres causas.
Paz à sua alma inquieta.

Facebooking

...


Em verdade vos digo: tenho sido assediado! Molestado, sem dó nem piedade, tenho sido ciberneticamente fustigado por amizades virtuais. Implacáveis, e com a disciplina marcial das "amazonas", têm-me apoquentado com convites para aderir ao facebook. Atormentado, mas com a urbanidade possível, lá vou recusando a adesão à rede social que parece hoje condição cartesiana de existência do homem moderno. Com efeito, à escala planetária, o número de visitas mensais às páginas do facebook é de cerca de 260 milhões, ou seja, 6 milhões de visitas por minuto ! O facebook é o líder incontestado das redes sociais com 350 milhões de pessoas conectadas e com 30 biliões de fotos carregadas por ano! Não faço ainda parte dessa incomensurável rede de "amigos virtuais" e com conservadora desconfiança vejo este brinquedo electrónico como uma espécie de hi5 para adultos. Uma plataforma para adensar a "cultura do nada" que tem sido a tendência dominante na internet. Com aproximadamente 2 biliões de utilizadores, para muitos, a internet não é uma ferramenta de trabalho e uma chave para o conhecimento, mas apenas entretenimento electrónico com uma farmville. Ali cultiva-se de tudo um pouco, as novidades são sempre frescas, e o instantâneo prevalece sobre qualquer reflexão cujo prazo de validade seja superior ao registo diário das conversas dos "amigos virtuais". Há até lugar para um amplo catálogo de armazenamento de fotografias o que me causa espanto pela forma, leviana e fútil, como as pessoas exibem publicamente a sua vida privada. Um admirável mundo novo tão distante das ambições fundacionais da blogoesfera. Esta quando surgiu entre nós teve um ímpeto libertário que permitiu ao cidadão comum a ambição de criar o seu próprio projecto editorial. Desenvolveram-se ideias e debates ideológicos partilhando-se uma visão do mundo que vai para além das fronteiras de qualquer farmville ou, no nosso caso, para além das cercanias do arquipélago. Passado este fulgor inicial muitos pereceram - (virtualmente, entenda-se) - e outros tantos não resistiram à desdita de degradação da blogoesfera tantas vezes reduzida ao receituário de mezinhas e de inanes assomos de poesia que nunca deveria ter saído das respectivas "gavetas". Como bom conservador que sou ainda preservo a minha presença na blogoesfera e vou resistindo, como posso, aos "cantos de sereia" para estar também presente no facebook. Não há dia que não receba um convite na caixa de correio e o cerco aperta-se quando começo a ser convidado para amigo de celebridades ! Recentemente, porventura por força de uma popularidade que desconhecia, fui convidado para ser "amiguinho" virtual da Angelina Jolie ! Confesso-vos que ainda não respondi ao convite pois creio ter sido um equívoco da Miss Lara Croft e aquilo, convenhamos, é já muita fruta. Ademais, causa-me alguma espécie que tão formosa criatura se dedique com zelo a profanar a sua carne com repetidas tatuagens de gosto duvidoso e cuja devoção não quero partilhar. Não será pois com o isco da Angelina Jolie que me convencem a aderir ao facebook. Por enquanto, apesar de acossado, e porque ainda não recebi um convite da Madonna, vou resistindo como posso. Em estágio para entrar em definitivo na silly season esta foi a crónica possível nos dias que correm. Provavelmente regresso um dia destes e quem sabe talvez nos cruzemos no facebook.


...
João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com

quarta-feira, julho 21

Last fight


O judoca internacional português Tiago Alves, com 18 anos, morreu vítima de cancro. Tiago Alves, atleta da Académica, competia na categoria -66 kg e em Abril deste ano, mesmo depois de em Janeiro ter adoecido, arrecadou a medalha de bronze na Taça da Europa de Esperanças.Criou o blogue ipponforlife que fica como "uma mensagem de força e esperança" no combate a uma pandemia que não poupa sequer a "melhor juventude".

Agente Provocador



O Agente promove esta 4ª feira uma espécie de Prós & Contras sobre o SATA Rallye Açores, por intermédio da perspectiva do jornalista Eduardo Mota que andou, no último fim-de-semana, a correr as estradas de São Miguel.

Na ordem de trabalhos consta, igualmente, a análise sobre se este é um exemplo a seguir, no que toca à promoção do arquipélago, pelo recurso à promoção de eventos com dimensão nacional e internacional...

Para ouvir na Antena3, em directo, a partir das 22h00 e nas seguintes frequências:

S. Miguel 87,7 MHz
Terceira 103,0 MHz / 103,9 MHz
Faial 102,7 MHz

segunda-feira, julho 19

sábado, julho 17

Açores @ Sic



Para dar a conhecer parte da tradição destas Ilhas e com direito, lá pelo meio, a umas caras conhecidas.

quinta-feira, julho 15

10 Anos

A Galeria Fonseca Macedo comemora hoje o seu 10º aniversário com a inauguração da exposição Colectiva 2010.

Os parabéns do :ILHAS aos proprietários, artistas, públicos e demais colaboradores. E que venham mais 10!

Jornaleiros

...
Corre por aí, de porta em porta, misturado com a publicidade de "secos e molhados" e tralhas "electrodomésticas", um dito "jornal" Açores 9 que não esconde ser mais do que um boletim de publicidade institucional do Governo Socialista. No alegado pasquim o Governo Regional já injectou milhares de €uros. Só na "edição" de Julho deve ter investido boa parte da dotação orçamental para a propaganda do regime. Depois de uma "primeira página" com o resultado de uma sondagem onde, convenientemente, se lê que "PS esmaga Berta Cabral" vamos folheando páginas inteiras de "publicidade institucional". Da promoção dos lacticínios Açorianos pelo Governo Regional, ao concurso regional de empreendedorismo, há lugar para tudo. São anúncios de página inteira, e a cores, e como não podia deixar de ser também replicam o Karaoke no Parque Século XXI, em anúncio pago pela Secretaria Regional da Ciência e Tecnologia, que foi já publicitado, ad nauseam, em jornais diários de efectiva circulação. Como se presume, apesar da irrelevância da promoção de um Karaoke e Insufláveis num parque de diversões público, trata-se de publicidade que representará parte considerável do sustento indispensável da referida publicação. A mesma, recorde-se, é gratuita mas além da página da net, o seu "editor-director comercial-proprietário", Paulo Ricardo Ferreira de Melo, garante uma edição em papel de 50.000 exemplares dos ditos folhetos. Ninguém os compra mas todos os recebem debaixo da porta com o demais castigo do infomail. Só para termos uma ideia do sorvedouro de dinheiro que por ali deve andar o Açoriano Oriental, "o mais antigo jornal Português", que é uma publicação de referência e com uma vasta carteira de assinantes e de leitores que efectivamente o compram, teve em Junho uma tiragem média de 5.000 exemplares. São muitos zeros de diferença em edição e muitos zeros a mais nos custos de um boletim de paróquia distribuído gratuitamente mas pago, claro está, pelos contribuintes. Isto é tudo menos "jornalismo". Que o façam à conta do respectivo risco empresarial, do "proprietário" em nome individual que gere uma das maiores fatias de publicidade institucional da Região, seria normal em Democracia. Que o façam sem risco, trabalhando com a rede dos dinheiros públicos, disfarçando o facto de serem uma espécie de filial da "Acção Socialista", em formato de boletim de freguesia, com a presença de colunas assinadas por deputados regionais no cantinho do "espaço parlamento", é que não é digno de um Estado de Direito. Num Estado que tem instâncias de controlo, designadamente judiciais como o Tribunal de Contas, o uso de dinheiros públicos para projectos privados, governamentais, ou partidários, devia ser escrupulosamente escrutinado. Num Estado, que se diz Democrático, o Governo jamais devia financiar um projecto editorial que mais não é do que um "papagaio" de papel que replica, com a periodicidade mensal de 50.000 edições, a propaganda do regime. Num Estado de Direito Democrático ninguém teria dúvidas de que este seria um paradigma de "concorrência desleal" com os órgãos de comunicação social cujos pergaminhos lhes permitem sem vergonha ostentar tal nome e cujos profissionais se podem afirmar como "jornalistas". Fora deste domínio entramos no campo do anedotário e dos jornaleiros do regime de "pão e circo". O circo vai dando enquanto não faltar pão na boca do Povo. Até quando ?

João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com

quarta-feira, julho 14

Agente Provocador



Renata Correia Botelho é a convidada, desta 4ª feira, do Agente Provocador. Emissão em directo a partir das 22h00 na antena da 3 e nas seguintes frequências:

S. Miguel 87,7 MHz
Terceira 103,0 MHz / 103,9 MHz
Faial 102,7 MHz

terça-feira, julho 13


Se gostarem de vinho verde e se virem uma garrafa com este rótulo, algures perdida numa prateleira, AGARREM-NA!

A Wine Spectator acaba de lhe dar 87 pontos, considerando-o "best buy of the week".

Começam os vinhos portugueses a aparecerem recomendados com mais frequência nesta prestigiada revista norte-americana que, para muitos, vem logo a seguir... à revista de vinhos? ;)

segunda-feira, julho 12

la folie

...
1 Milhão e 500 mil euros para celebrar o espectáculo das 7 maravilhas no parque de diversões de "bétão" plantado à beira-mar de Ponta Delgada !?! Tudo é possível nesta cornucópia onde decerto há sempre "novas oportunidades" de negócio. A ironia suplementar está num evento que pretende glorificar a natureza numa Região cujos governantes, porventura convidados para mestres-de-cerimónia do mesmo, têm profanado com despautério ambiental e despesista. Já agora podiam aproveitar e faziam a festa, à grande e "à francesa", na Fajã do Calhau. Não é a folia mas sim la folie.
...
"Sete maravilhas: decisão incompreensível
Fiquei perplexo quando soube que o espaço das Portas do Mar tinha sido o local escolhido para a realização do grande espectáculo intitulado "Sete Maravilhas Naturais de Portugal", depois de ter sido decidido (não sei bem por quem) que as Sete Cidades não reuniam as condições necessárias para receber o evento. A razão do meu espanto não é difícil de explicar. Conforme indica o nome, este evento destina-se a eleger as sete mais belas maravilhas naturais de Portugal, em que se incluem algumas das mais maravilhosas paisagens açorianas, entre as quais está, curiosamente, as Sete Cidades. Pois bem, um espectáculo no qual a Natureza é a estrela vai ser realizado em cima de milhares de toneladas de betão. E mais. Este betão foi colocado pelo homem em cima do mar, naquele que foi mais um "roubo" àquilo que, como dizem os crentes, Deus criou. Isto é, pura e simplesmente, inacreditável.
Permitam-me o saudosismo, mas lembro-me como se fosse hoje de um espectáculo realizado, talvez há uns bons 20 anos, numa das margens de uma das lagoas das Sete Cidades. Ainda Lopes de Araújo era o responsável pela RTP/Açores, e a estação açoriana ali realizou um dos seus aniversários. O convidado especial foi Fausto, ainda no auge da sua carreira, e a noite estava perfeita. Foram horas magníficas que guardarei na memória até ao fim dos meus dias. A neblina tão característica do local, acompanhada pelo calor das fogueiras, alimentadas por um incansável grupo de escoteiros, criou uma sensação de mistério e misticismo que, ainda hoje, me causa arrepios.
Pois bem, terá sido disto que nos privaram agora. Como gostaria que o meu filho vivesse um momento idêntico. Mas não, porque alguém não deixou. E não me venham com a lengalenga da consciência ambiental. Nos dois últimos anos, foi autorizada, precisamente nas Sete Cidades, a realização de um festival (Green Trippin Camp) e nunca se ouviu falar de falta de condições, ou coisa que o valha. Ouviram-se, sim, outras histórias, mas estas não são para aqui chamadas. Então, por que não realizar a cerimónia das Sete Maravilhas ali? Não sei, nem nunca saberei os reais motivos. Sim, porque os esclarecimentos que têm vindo a público não convencem ninguém.
E, depois, as Sete Cidades não têm condições e não se pensa em mais nenhum local sem ser as Portas do Mar. Que diabo, mas será que S. Miguel passou a ter uma única sala de visitas? Parece que sim, pelo menos para alguns. Ou isto, ou mais uma vez, estamos perante uma manobra política, num espectáculo que, em tempo de crise, custará ao erário público qualquer coisa como 1,5 milhões de euros. É obra!
A juntar a isto, há mais um factor que não poderá ser dissociado desta situação. Se bem se lembram, há precisamente três anos, Lisboa recebeu a cerimónia das "Sete Maravilhas do Mundo". O espectáculo realizou-se no Estádio da Luz e ali estiveram mais de 60 mil pessoas a assistir ao evento. Pergunto agora: quantas pessoas comportarão as Portas do Mar? Ainda recentemente consideraram que o espaço estava bastante cheio no espectáculo da fadista Mariza. Pois bem, neste dia (5 de Julho), estavam nas Portas do Mar sensivelmente três mil pessoas. Ou seja, aquele local não tem capacidade para receber um evento da natureza daquele que falo. Ou isto, ou então vão transformar a cerimónia das "Sete Maravilha Naturais" num evento elitista, ao qual o "povinho" – no qual me incluo – não terá acesso.
Pois bem, se assim for, espero que a assobiadela que Sócrates recebeu em pleno estádio da Luz, na noite de sete de Julho de 2007, seja agora dirigida a todos aqueles que nos privaram de uma noite de sonho nas Sete Cidades. E mais não digo"
...
Pedro Botelho no jornaldiario.com

domingo, julho 11

Bésame mucho



A Espanha ganhou e fez (faz!) a festa.
Esta prova passou-me, literalmente, ao lado.
A final de hoje foi prova disso - um campeonato sem glória.
Já vi a bola com melhores dias. O mesmo não posso dizer da jornada soalheira que hoje 'estacionou' em São Miguel (e nos Açores, acredito).
Para Casillas, a coisa terminou em beleza.

sábado, julho 10

Hoje não resisto. Reconhecimento impõe-se!


Tenho-me coibido de escrever sobre este assunto, dada a minha proximidade: sou irmão de uma das donas, marido da outra e, muitas vezes – muitas mais do que as que contam –, sou dado como pai do projecto, o que, para elas, é uma perfeita injustiça.
Contudo, hoje não resisto. O reconhecimento impõe-se!
Ontem tive a felicidade de presenciar, enquanto jantava com um casal amigo, o carinho e o entusiasmo com que um operador norte-americano falava sobre A Lota, ao seu representante local, enquanto ambos davam a conhecer o restaurante a um conjunto de 3 conceituados jornalistas: Andrew Samuel Isaacson, Katharine Ward Siber e Adam Harney Graham, ao mesmo tempo que se deliciavam com uma refeição especialmente preparada para eles, com o propósito de lhe dar uma fresca perspectiva da cozinha deste restaurante, que é hoje uma das grandes referências gastronómicas de Portugal.
Quando a Eduarda (minha irmã) e a Teresa (minha mulher) reabriram "A Lota" – então totalmente remodelada, com o intuito de proporcionar uma experiência que combinasse os factores comida, serviço e atmosfera, tornando-a absolutamente sensorial – foram muitos os que, em conversa entre amigos, em blogues de crítica gastronómica e noutros circuitos, elogiaram o restaurante e desejaram que aquela qualidade se mantivesse para além dos habituais primeiros meses, como que – embora sem maldade – estivessem a vaticinar o seu expectável e irremediável declínio.
Certo, no entanto, é o facto d’A Lota ter-se mantido fiel à sua filosofia inicial, tendo por isso contribuído decisivamente, até hoje e desde Março de 2006, para uns Açores que se queriam percebidos e reconhecidos como um destino turístico de qualidade.
Inserido numa das zonas mais pitorescas da Lagoa, o restaurante A Lota foi sendo percepcionado como um restaurante requintado e caro, quando o que a Eduarda e a Teresa idealizaram foi a democratização de um produto gastronómico que no estrangeiro é reconhecido como “fine dining”, aproveitando a excelente matéria-prima açoriana e colocando-o no mercado açoriano pela metade do preço que tais produtos podem ser encontrados na maioria das capitais europeias.
Considerado pela revista "HAPPY Woman" como um dos restaurantes mais “Cool” de Portugal, A Lota faz ainda parte de um lote muito restrito de restaurantes açorianos (5) que integrou o guia “Restaurantes e Vinhos de Portugal”, que resultou da parceria Modelo/Revista de Vinhos e que se pode (pelo menos, podia-se) encontrar em todos os hipermercados Modelo.
Recordo-me que fazia parte do texto de apresentação d’A Lota à comunicação social, que outro dos objectivos fundamentais era criar algo que fosse muito mais do que um simples sítio onde se podia comer qualquer coisinha. Pretendia-se criar um sítio que permitisse às pessoas “saírem” de S. Miguel, ao mesmo tempo que davam um passo para dentro do restaurante. Julgo que o facto de, frequentemente, alguns dos turistas que demandam estas ilhas no meio do Atlântico, compararem A Lota a restaurantes de Nova Iorque e de outras paragens, atesta que também este objectivo foi conseguido e deve justificar o facto de muitos deles escolherem A Lota para a sua última refeição nos Açores.
Por tudo isto, estas duas “heroínas” estão de parabéns, numa altura em que a economia mundial não se encontra de boa saúde e, na qual, todos os negócios se tornaram muito mais difíceis de gerir. E mesmo que o vosso restaurante desapareça amanhã, vocês têm (e deram-nos também) razões de sobra para se sentirem orgulhosas com o vosso feito. A mim, só me resta agradecer do fundo do coração, o que procuraram fazer pela tentativa de afirmação dos Açores, enquanto destino turístico de qualidade, mesmo quando ninguém, dos supostos responsáveis por essa desejada afirmação, parece valorizá-lo.
E tudo isto, a propósito do carinho de um operador norte-americano que, preparando-se para trazer alguns pequenos grupos de amantes da natureza e das caminhadas em sintonia com ela, quer incluir A Lota nos seus “Taylor made packages”, acrescentando-lhes valor, com um apontamento “gourmet” que se pode encontrar apenas numa Lagoa que, para além de ser conhecida por ter um dos 75 melhores restaurantes de Portugal (o único de S. Miguel no "TOP 75 guia de restaurantes", editado pela revista Evasões), podia ser conhecida também pela sua “Costa Dourada”.

@s menin@s dançam!

Em Julho @ Teatro Micaelense a maior fatia do palco coube à dança e aos mais jovens. Um trabalho que nem sempre é visível, ou tem a visibilidade que merece, mas que alguém tem de realizar.

Foto © Fernando Resendes 

quinta-feira, julho 8

"Candilhes"

...
O Presidente do Governo justifica, pelo seu próprio punho, a faustosa viagem da mulher numa embaixada institucional da corte socialista, algures no Canadá, e que custou ao erário público a módica quantia de € 27.423.oo. Já se sabia que as passagens aéreas estavam pela hora da morte e que graciosamente o próprio César prometeu de viva voz, para os quatro cantos do arquipélago, que para o outro lado do Atlântico a tarifa na companhia do regime seria de € 99.99. É certo que César filho, na qualidade de Deputado, e do conforto do seu assento parlamentar veio dizer que afinal não era bem assim. Enfim, poderia ser um case study de uma qualquer república dos Balcãs, com tiques de nepotismo mas, infelizmente, é mesmo aqui no nosso quintal na dita "nova autonomia" que está cada vez mais velha. É com este clã de socialistas que todos os respectivos próceres do regime se têm governado, chegando ao cúmulo da desfaçatez de pagar com dinheiros públicos utilidades privadas e domésticas. A nível geral serve de exemplo a encomenda do Governo Regional dos Açores de um estudo de opinião sobre a "conjuntura sócio-política nas ilhas de São Miguel e na Ilha Terceira". Desta "sondagem", paga dos cofres da Região, apenas se sabe que Carlos César, enquanto Presidente do Governo Regional, garantiu que reservou para si as respectivas informações! Pasme-se, como se o Carlos César Presidente do Governo Regional não fosse o mesmo Carlos César Presidente do PS! Quanto às reservas da "deslocação institucional" da Dr.ª Luísa César a Manitoba, adequadamente assessorada por uma senhora que escreve crónicas sobre pastas de dentes no Açoriano Oriental e um senhor que semanalmente se vestia de Dona Benta nas páginas do Correio dos Açores, ficamos recentemente a saber que, da principesca factura, "83% dos custos totais referem-se a transportes aéreos e terrestres, sendo o restante em alojamentos e outras pequenas despesas.". Disse-o aliás o próprio Presidente do Governo Regional no site do GACS - (Gabinete de Apoio à Comunicação Social) - que é cada vez mais uma espécie de boletim do PS e das suas campanhas. Lê-se pois na referida pagela electrónica do Palácio de Santana que só em transportes aéreos e terrestres o trio da comitiva gastou cerca de 22.761.09 euros que corresponde, grosso modo, aos ditos 83% da despesa total, dos quais sobraram ainda uns trocos, para "candilhes" e outras "pequenas despesas" de aproximadamente € 4662.00...pouco mais do que os cerca de 4.ooo euritos que gastaram na limusina que os transportou em grande estilo ao Jantar de Gala da Liga Solidária da Mulher Portuguesa de Manitoba! O tour institucional da Dr.ª Luísa César, na companhia de Mariana Matos (Assessora da Presidência para os Assuntos Parlamentares, Autárquicos, Relações com os Partidos e Cultura) e João Aguiar (Assessor da Presidência para os Assuntos Sociais), custou assim, per capita, aproximadamente € 7.500 em "transportations". Muito caro quando uma passagem em económica para o Canadá ronda actualmente cerca de € 750. Mas contas à margem, o que importa esclarecer é saber se em termos estatutários há ou não direito a uma representação institucional do Presidente do Governo Regional pela "primeira-dama" do regime? O Governo Regional é em primeira linha representado pelo seu Presidente e a Região pelo Presidente da Assembleia Legislativa Regional. O resto são excepções: umas legais, algumas consuetudinárias, e outras ficcionadas, mas todas pagas pelos contribuintes a quem tantos e desmesurados sacrifícios este consulado socialista tem exigido. Para memória futura deste picaresco episódio fica a certeza de que há quem desavergonhadamente ignore crise; mas quem a paga somos todos nós. Numa época de estrangulamento dos orçamentos, com aumento de impostos e do nível de vida do cidadão comum, há quem tenha o topete de contribuir com despudor para o despesismo. Haja decoro...ou como diria Júlio César: "À mulher de César não lhe basta ser honesta, tem também de parecê-lo".
...
João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com

quarta-feira, julho 7

Agente Provocador



O Agente Provocador convida, para a emissão desta 4ª feira, a dermatologista Patrícia Santos. Isto porque o tempo começa a pôr-se a jeito e a temperatura já pede um lugar ao sol. Pelo que, vamos escutar atentamente os cuidados a ter com a exposição solar... Para a 1ª hora, e pelo que nos foi dado a conhecer, o alinhamento é irrepreensível. A saber: Stone Roses, Oasis, Cocteau Twins & XX.

Para ouvir em directo a partir das 22h00 na Antena3 - Açores e nas seguintes frequências:

S. Miguel 87,7 MHz
Terceira 103,0 MHz / 103,9 MHz
Faial 102,7 MHz

terça-feira, julho 6

O 'Brel' na blogosfera

«Parece que Brel passou pelos Açores. Mas, que história poderia sair daqui? O que pode ter acontecido de tão extraordinário para que esse facto, esse simples facto, fosse motivo para um espectáculo? Fica-se quase com a sensação que estamos perante um daqueles golpes saloios de promover o turismo. "Vá para fora cá dentro. Olhe que o Brel foi e lá ficou". Pois ficou. Porque estava doente. E desse imprevisto nasceu uma pequena história de universalidade, de existência crua e simples, na cabeça de Nuno Costa Santos. (...)»
Lido ou a ler no Manual de maus costumes.

sexta-feira, julho 2

Esta noite


Na galeria/bar Arco8 tocam os TigralaUm trio lisboeta formado por Norberto Lobo (um dos mais promissores e celebrados guitarristas portugueses da nova geração), Guilherme Canhão (guitarrista dos Lobster) e Ian Carlo Mendoza (percussionsta mexicano), a quem cabe a tarefa de encerrar no Museu da Música a programação da exposição de fotografia de Vera Marmelo, «Nova música _ Música nova _ Novos músicos».

Oriundos de universos musicais que poucos achariam compatíveis, os Tigrala apresentam-se em formato acústico, com Norberto Lobo a trocar a guitarra pela tambura, Guilherme Canhão a desligar a sua guitarra da corrente e Ian Carlo Mendoza a esticar criativa e melodicamente o conceito de percussão.

Com um trajecto ainda recente, os Tigrala contam já com actuações na ZDB, onde se estrearam, ou no Curtas Vila do Conde, onde interpretaram, com alguma improvisação à mistura, uma banda sonora original para “Tabu” (1931), filme do cineasta alemão F.W. Murnau. No Museu da Música continuarão a desenvolver o que alguém já apelidou de "pequenos poemas melódicos".

quinta-feira, julho 1

Porque será?



"Despite having lived through financial crisis, Greece is set to spend EUR 520 million on refurbishing its tourism industry. The influx of cash is necessary as the Balkan nation struggles to attract tourists.

Greece has been in the news recently for all the wrong reasons. The country has been ridden with debt and has been associated with strikes, turmoil and international disgrace. Greece has traditionally been known for its sun and seaside resorts, along with its superb cuisine and ancient monuments. These are the elements, which used to bring 13 million non-Greek tourists to Greece every year and the tourism industry used to account for one fourth of Greek economic growth. After the recession of 2009, numbers of incoming tourists slumped and Greece began to suffer even more. The way to recovery is closely connected with cash, and this is what the Greeks are after".
Talvez porque seja uma outra forma de "passar das palavras aos actos"

Fora de Jogo

...
Convenci-me que o Portugal-Espanha era uma espécie de prolongamento civilizado da batalha de Aljubarrota. Enfim, uma erupção de patriotismo, porventura subliminarmente motivada pela evocação dos feitos heróicos de D. João I. Mas o patriotismo já não é o que era e as quinas na camisola da selecção não são mais do que um logótipo. Que o diga o CR7 que a avaliar pelas imagens do início do jogo nem ao hino da Nação foi capaz de dar voz. Por sinal Ronaldo foi o único mudo num lote de Portugueses, uns nados e criados em solo pátrio, outros aportuguesados, mas todos em equipa a cantar em uníssono "a Portuguesa". Não sou um "doutor" da bola mas creio que o "professor" Queirós também não aprendeu bem a lição e o enfant terrible da selecção, Cristiano Ronaldo, já devia ter solicitado a cidadania da Coroa Espanhola a quem prestou bons serviços. Não é a questão da prestação ou da performance do "melhor jogador do mundo" que está em causa, mas sim a sua falta de entrega à camisola da selecção e a sua indignidade como capitão da equipa. Ilustra essa verdade o comportamento no final do jogo e as desculpas esfarrapadas que o manager do jogador escreveu por ele na respectiva página oficial. Na segunda parte do jogo, que terá parado a Península Ibérica, as poucas vezes que vi Cristiano Ronaldo foi precisamente "parado" à espera que alguém lhe passasse a bola! O que nos vale é o orgulho do exemplo de outros valores mais modestos que preferem correr atrás da bola ao invés de o fazerem a reboque de um frasco de Linic e dos demais patrocínios multimilionários. Exemplo desse compromisso com Portugal foi Fábio Coentrão cuja incondicional entrega à causa serve de exemplo aos Ronaldos e Ronaldinhos deste mundo. Coentrão, e também o "super" Eduardo, ficarão na grata memória dos Portugueses que, como eu, acreditaram ingenuamente que seríamos capazes de vencer a Espanha. A verdade é que nem no Futebol somos capazes de superar "nuestros hermanos". Nas quatro linhas Espanha reinou sobre Portugal e marcou um precioso golo com batota consentida com a validação de um golo em fora de jogo. A nossa selecção pelo seu lado espelhou o país real em que vivemos: uma Pátria de serviços mínimos pois foi com rendimento mínimo que o onze Português se apresentou no decisivo jogo do Mundial. Passamos "à rasca" uma fase de grupos acessível e tivemos a graça do jogo com o Brasil ter representado para a "selecção canarinha" um "jogo a feijões", apenas para rodagem e treino da equipa Brasileira. No resto foi o que não se viu: CR7 não explodiu nem deu golos como o "ketchup" na sua alarve e desconchavada expressão. O jogador "melhor do mundo" foi para muitos o pior da selecção. Agora que estão fora de jogo podem regressar tranquilamente à sua lucrativa actividade de venda de shampoos para a caspa, e amaciadores para a carapinha, bem como mchambúrgueres em happy meals para Portugueses infelizes. São melhores a vender a banha de cobra do que o sonho prometido aos Portugueses de que iriam mais longe.

João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com