domingo, julho 31

...Eu hoje deitei-me assim !



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"Lost in Translation", de Sofia Coppola, "dobrado" na Língua dos ascendentes de Sofia soa ainda melhor. Aqui, o "ciao" não tem a definitividade de um "bye" (no original e em HD)mas a esperança de um reencontro em qualquer Língua. Mas com tanto neon também poderia ter sido ilustrado com um clássico do Italo-Disco e aqui é o Inglês que ganha outro charme remasterizado com o brilho da Classe de 80
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A LOTA



agora, simples e ao nosso gosto

...Eu hoje deitei-me assim !

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Elis Regina

quinta-feira, julho 28

Agente Provocador



Esta 5ª feira o Agente Provocador parte em estágio estival, sem convidado, à procura do que melhor ouviu no 1º semestre de 2011, numa emissão conduzida por Herberto Quaresma com João Nuno Almeida e Sousa e Alexandre Pascoal.

A actualidade musical e 'mundana' para ouvir em directo na Antena 3 - Açores, a partir das 22h00, nas seguintes frequências:

S. Miguel 87,7 MHz
Terceira 103,0 MHz / 103,9 MHz
Faial 102,7 MHz

SIM É FAZER E REFAZER SE ASSIM TIVER QUE SER


Multiplicam-se os movimentos de apelo à criatividade em Portugal. Quando se prevê um decréscimo do investimento governamental na cultura e criatividade é de louvar o "acordar" de empresas para apoio à criatividade lusa.

CULTURA LOW COST

O Experimentar Na M'Incomoda - Fiando o Linho

Menção Honrosa da primeira edição do Prémio Megafone / João Aguardela, O Experimentar Na M’Incomoda reinventa a música tradicional açoriana numa perspectiva urbana, contemporânea e cosmopolita.

O projecto O Experimentar Na M’Incomoda estará no Arco8 no dia 10 de Agosto para um concerto integrado no Festival Walk&Talk que tem inicio marcado para as 18h00 de sábado, dia 30, com a inauguração de uma exposição colectiva e pelas 23h00, no Arco8, NEX fará as honras na Festa de Abertura.
Participe, vai ver que custa pouco!

...reminiscing mood !

Sometimes Always

quarta-feira, julho 27

...Blue Mood !

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Well I think I see another side
Maybe just another light that shines
And I look over now through the door
And I still belong to no one else
Maybe I hold you to blame for all the reasons that you left.
And close my eyes 'till I see your surprise
And you're leaving before my time.
Baby won't you change your mind?
Surely don't stay long I'm missing you now.
It's like I told you I'm over you somehow
Before I close the door
I need to hear you say goodbye.
Baby won't you change your mind?
I guess that hasn't changed someone
Maybe nobody else could understand
I guess that you believe you are a woman
And that I am someone else's man
But just before I see that you leave
I want you to hold on to things that you said
Baby I wish I was dead.
Surely don't stay long I'm missing you now.
It's like I told you I'm over you somehow
Before I close the door
I need to hear you say goodbye
Baby won't you change your mind?

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Hope Sandoval dos Mazzy Star na Classe de 90 em estreia no album She Hangs brightly...oh yes she does !
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terça-feira, julho 26

...Eu hoje deitei-me assim !

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Walking and walking
Thinking on my feet
Anything can happen in the city
But you can't sit down
Building to building
Sheltering from the sky
Knowing there's somebody on the street
That could change my life

You can try on anything for free
Pick up anything you need
And I'm wishing you were here with me
Walking on a city street

Window to window
Filling in the hours
Catching my reflection
In a place I've never been before
Crossing the bridges
Leap the river wide
Knowing not in time
I'll arrive on the other side

You can try on anything for free
Pick up anything you need
And I'm wishing you were here with me
Walking on a city street

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CULTURA À SOMBRA


HAPINESS / A FELICIDADE
de Aleksandr Medvedkin (1934)


Amanhã, 27 de Julho às 21h30 no 9500 CINECLUBE [Cine Solmar - sala2]


Sessão acompanhada ao vivo, em tempo real, pelo agrupamento de improvisação livre constituído por:
Ernesto Rodrigues (viola de arco), Gianna de Toni (contrabaixo), Luís Couto (guitarra eléctrica), Ricardo Reis ( percursão) e Biagio Volandri (objectos amplificados).



A Felicidade é uma obra-prima pouco vista, pois o seu realizador só foi realmente reconhecido nos anos 70, graças ao empenho do realizador Chris Marker e a magnífica homenagem de Le Tombeau d'Alexandre. Alexander Medvedkin, porventura o mais revolucionário dos cineastas soviéticos dos anos 20/30, era contemporâneo de Eisenstein, (que o admirava) mas os seus filmes eram demasiadamente originais para o sistema soviético. Em 1932/33, Medvedkin percorreu a Ucrânia num “cine-comboio”, com uma equipa que improvisava pequenos filmes com os camponeses dos locais por onde passava. Foi desta experiência que nasceu A Felicidade, um filme em que um celeiro pode correr, um morto pode ressuscitar, um cavalo pode subir a um telhado de colmo para uma fausta refeição...
Um filme repleto de gags visuais e crítica social em que o grotesco e o maravilhoso se fundem com grande rigor estético e formal.

KUBRICK CELEBRARIA HOJE 83 ANOS


Flying Padre - Stanley Kubrick(1951)
Primeira curta metragem de Kubrick.

DESENHA-SE UM NOVO MAPA CULTURAL

© José António Rodrigues / Publiçor

Amanhã pelas 11h30 na BPARPD será assinado o Auto de Consignação da Empreitada de Construção do “Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas”.

Wish you were here...

Em memória de todos aqueles que, já não sendo, fingem estar.


Pink Floyd ~ Wish you were here por thefastlane2hell

segunda-feira, julho 25

...Eu hoje deitei-me assim !



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Um filme-folhetim ! Um "fresco" poderoso em cujo friso acompanhamos os bailes da vida . Diz tanto dos caminhos sinuosos desta estrada, tantas vezes sem qualquer sinal antes da curva, ou dos caminhos que se bifurcam, e da nossa incapacidade de saber o que vem a seguir. Mas é assim mesmo. Alguns têm essa lucidez. Outros não : têm o privilégio da inconsciência. Vejo e revejo sempre com emoção este "romance" em formato DVD com um sublime final porque, in fine, e aperto alla speranza : "tutto è veramente bello"

Sugestão para esta noite


António Sena: A Mão Esquiva de Jorge Silva Melo hoje à noite na tela do 9500.

A realidade e os Jardins da Babilónia!

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Em flash panorâmico sintonizo o telejornal da RTP-Açores e pergunto, num destes dias que passam, "notícias do meu país", e já ninguém cala a desgraça.

O estado da Região, no alinhamento noticioso, é bem sintomático da sua degenerescência: turistas franceses interpelados por jovens autóctones em assalto à mão armada, e isto enquanto jogavam golfe no campo da Batalha em São Miguel, o que presumo não constava do "pacote" turístico; recorrentes relatos de abusos sexuais de menores, desta vez na Terceira; a certeza estatística de que o maior consumo de drogas tranquilizantes de Portugal está entre nós; conflitos laborais nas Lajes com os trabalhadores Açorianos a pedincharem a intervenção do Ministro dos Negócios Estrangeiros (!) para a mediação de aumentos salariais; o prenúncio de escolas a fechar, sem ilhas de coesão que as valham, como na Escola do Salão no Faial; candidaturas para cursos na Universidade dos Açores que se roga não sejam para desempregados qualificados com uma licenciatura...and so on.

São os Açores reais no Telejornal da nossa Terra.

Como não nos deprimirmos com o estado da Região e como não nos "consumirmos" com o seu futuro?

Entretanto, nesta crise de regime, César, e a sua corte, seguindo a mesma fonte noticiosa, prepara-se para gastar mais de 1 milhão de euros nos Jardins dos Capitães Generais em Angra do Heroísmo! Serão os Jardins da Babilónia?

E perante a crítica pelo despesismo, oportuna e justamente feita pelos dirigentes do PSD/Terceira, César responde em epístola imperial que: "há sempre, na política, um bárbaro de serviço" ! São bárbaras as vozes que, em tempo de crise, entendem que não é prioritário gastar 1035000.oo euros nos "Espaços Exteriores" do Palácio dos Capitães Generais? Do ponto de vista das prioridades é uma barbaridade !

Mas este fetiche palaciano não se esgota nesta empreitada de serviço ao regime. Com efeito, de acordo com o Plano Regional Anual 2011 da Região Autónoma dos Açores, da responsabilidade do Governo Regional, estão previstos milhões a investir em "Palácios", a saber: € 466.960 nas "Beneficiações no Palácio da Conceição", € 933.920 em "Beneficiações no Palácio de Santana"; € 466.960. em "Palácio dos Capitães Generais" (em quê não se especifica). Heródoto, que conhecia bem os "bárbaros" e os "déspotas", sabia, e disse-o em forma de aforismo, que é mais fácil enganar uma multidão que um indivíduo. Mas no caso presente, o aviltante epíteto de "bárbaro de serviço", vindo de quem vem, e com os exemplos despesistas e palacianos que exibe despudoradamente, até pode ser um elogio. Mas, com ou sem "bárbaros de serviço", não há multidão que se deixe perpetuar no engano de um indivíduo, mesmo que se trate de um César com uma inclinação perdulária para "Palácios".

Deixo os "Palácios" e regresso ao telejornal e a uma nota final numa notícia positiva. A Câmara Municipal de Ponta Delgada, em parceria com a RDP/Açores, assinou protocolo para investir nas pessoas permitindo no seu concelho o alargamento do sinal de FM a todas as freguesias, da costa norte à costa sul, de Ponta Delgada, e a acessibilidade à 2 e à antena 3 Açores a locais onde ainda não chegavam. Primeiro as pessoas, mais serviço público, mais informação e melhor música, a muita e boa gente que a merece. Depois menos Palácios e Jardins da Babilónia para a corte do regime. Um episódico final feliz a pressagiar um tempo de mudança que tarda em chegar.
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João Nuno Almeida e Sousa na edição de 25 de Julho do Açoriano Oriental


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domingo, julho 24

CULTURA À SOMBRA


António Sena, S/Título (2003)

António Sena nasceu em Lisboa em 1941. Por influência de artistas como Eurico Gonçalves ou Fernando Conduto, abandona o curso de Engenharia no IST e dedica-se à pintura. Inscreve-se em cursos na Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses e realiza em 1964 a sua primeira exposição individual, na Galeria 111. As suas exposições colectivas têm início em 1965, ano em que se torna bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Entre 1965 e 1967 estuda na Saint Martin’s School of Art de Londres, permanecendo no Reino Unido até 1975. Professor de pintura em Lisboa no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual entre 1978 e 1992, dedica-se desde então exclusivamente à actividade plástica. Premiado e representado nacional e internacionalmente, vive e trabalha entre Lisboa e Londres.

O documentário António Sena: A Mão Esquiva de Jorge Silva Melo (2009) que acompanha o labor do artista desde a retrospectiva que lhe dedicou o Museu de Serralves em 2003 até à preparação da exposição “Cahiers. Books” na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva em 2009, é exibido hoje no 9500 Cineclube (Cine Solmar - sala2) pelas 21h30.

sexta-feira, julho 22

...Eu hoje deitei-me assim !



"Lady Luck" é segundo single depois de "Night Air" a extrair do album de estreia. "Mirrorwriting" é o excelente primeiro disco de Jamie Woon...na playlist dos melhores de 2011.

Eu hoje nem consigo adormecer...



Nunca liguei muito a carros mas hoje nem consigo adormecer só a pensar num BMW 320. E não, não preciso de motorista...

quinta-feira, julho 21

...Eu hoje deitei-me assim !

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MELHOR RADIO em PONTA DELGADA. Antena 1 Açores, 2 e Antena 3 Açores chegam mais longe, em melhor sintonia, a todas as freguesias, da costa norte à costa sul, de Ponta Delgada. A todas aquelas que que estão mais afastadas do "epicentro" do sinal radiofónico. Mais serviço público, mais informação e melhor música, a muita e boa gente que a merece.

Hoje, foi assinado o protocolo entre a RDP/Açores e a Câmara Municipal de Ponta Delgada que tem por objecto uma parceria para materializar a melhoria das condições de cobertura radiofónica e o alargamento das emissões da Antena 2 e Antena 3.
Amanhã, depois de executado o protocolo entre Berta Cabral e Pedro Bicudo, será audível que é possível "fazer mais por quem precisa" (disse-o Pedro Bicudo) e que "o poder local consegue sempre fazer mais com menos recursos e, assim, vai ao encontro das expectativas das populações" (sublinhou Berta Cabral).
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Dessas expectativas vamos nós também ao encontro na 3 em parceria com o Agente Provocador (o link é do podcast integral do programa de antologia com os Golpes).
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A "Máquina" da rádio é uma paixão em "Amor Electro" que se espera levar a todos os Açores...onde quer que eles estejam.

LUCIAN FREUD (08.12.22 - 20.07.11)


Lucian Freud, Reflection with two children (self portrait, 1965)

"A minha concepção do retrato resulta da minha decepção diante dos retratos que se parecem com pessoas, mas não são como elas"

Agente Provocador



Jesse Moniz e Diana Sousa são os convidados desta 5ª feira do Agente Provocador para nos falar do festival de arte urbana Walk&Talk - Azores, numa emissão conduzida por Herberto Quaresma com João Nuno Almeida e Sousa e Alexandre Pascoal.

A actualidade musical e 'mundana' para ouvir em directo na Antena 3 - Açores, a partir das 22h00, nas seguintes frequências:

S. Miguel 87,7 MHz
Terceira 103,0 MHz / 103,9 MHz
Faial 102,7 MHz

CULTURA À SOMBRA



UMA CASA NA FLORESTA - Maria Emanuel Albergaria (Instalação/Exposição)
Rua Bruno Tavares Careiro, 20 | Ponta Delgada
Até dia 26 das 18h00 às 20h30


Sempre gostei de árvores, em criança adorava trepar a Amoreira do meu jardim. Sempre me senti bem lá em cima. Trepar aquela árvore era, chegar mais depressa ao alto, sentir-me um pássaro, ver a linha do horizonte no mar, ter asas, olhar melhor a montanha e o céu. Queria ultrapassar barreiras, alcançar outros lugares.

M. Emanuel A.

ARQUIPÉLAGO A MEXER



Direcção Regional da Cultura assina protocolo de cooperação cultural com FLAD.

"Este protocolo dá resposta ao interesse manifestado pela Direcção Regional da Cultura dos Açores (DRaC) de dispor, por empréstimo temporário, de um conjunto de obras da colecção da FLAD para figurarem em mostras na região, no quadro do projecto cultural denominado “Arquipélago-Centro de Artes Contemporâneas”
(...)
"Para cada exposição prevista, a DRaC vai apresentar à FLAD o tipo de projecto e os artistas que pretende ver representados. A FLAD compromete-se a satisfazer os pedidos apresentados e a avançar com sugestões, sempre que possível. " (...)

Na imagem > Pedro Portugal, Caty(1988)- Colecção FLAD

quarta-feira, julho 20

...Eu hoje deitei-me assim !

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Within and Without é o album de estreia de "Washed Out"...chillwave fiável que com este delicioso video evoca a boa memória da minha long gone KLE 500 (Kawasaki "let the good times roll", foi promessa bem cumprida no título de compra (e venda) seja em circuito urbano seja worldwide)

ALEXANDRE FARTO aka VHILS



Juro que se fosse dono de uma qualquer parede no centro de Ponta Delgada a entregava ao "cinzel" de Alexandre Farto. VHILS é um dos artistas que participará no Walk&Talk "o primeiro festival de arte urbana dos Açores, que invade de 30 de Julho a 14 de Agosto as ruas de Ponta Delgada, em São Miguel, com intervenções de três dezenas de artistas portugueses e estrangeiros"

PORTUGAL A BANHOS


Tom Hunter, Reservoir # 1, da série "life and death in hackney", 2002

terça-feira, julho 19

Keep on ...



(…) "E é quando as coisas parecem piores que mais corremos. Houve três momentos em que a América viu a corrida de fundo disparar em popularidade, e foram sempre durante uma crise nacional. O primeiro boom ocorreu durante a Grande Depressão, quando mais de 200 participantes marcaram a moda correndo 25 quilómetros por dia na Grande Corrida Transcontinental. A corrida entrou, em seguida, num estado vegetativo, e regressou em grande no início dos anos 70, quando nos debatíamos com a recuperação do Vietname, a Guerra Fria, os motins raciais, um presidente criminoso e os assassínios de três líderes amados. E o terceiro boom da corrida de fundo ? Um ano depois dos ataques de 11 de Setembro, a corrida de corta-mato tornou-se, de repente, no desporto ao ar livre de maior crescimento no país. Talvez seja uma coincidência. Ou talvez haja um gatilho na psicologia humana, uma resposta pavloviana que activa o nosso primeiro e maior instinto de sobrevivência quando sentimos os predadores a aproximar-se" ( Cristopher McDougall - "Nascidos para Correr" )
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Clip de Forrest Gump, filme que adoro e confesso-o para instigar o libelo de herege ignaro. Se "os meus predadores" assim o deixarem para a semana tenciono regressar à estrada.

Diz que é preciso um toque feminino...


...por aqui. Portanto, toca a carregar no poder do rosa (rosa “pink”, muito mais próximo da pantera do que de qualquer pantone político).

A Lanidor ofereceu há dias esta t-shirt às suas clientes em diversas lojas. Desconheço se o fez também nas suas lojas nos Açores porque a crise suspendeu-me o prazer muito pink dos saldos. É pena, porque me apetecia mandar a Moody's à outra parte, aquela parte inenarrável e pouco polida, mas queria fazê-lo em cor-de-rosa.

Por outro lado, e talvez por ser mãe, aprendi que num cenário de birras o melhor é distribuir reprimendas à esquerda e à direita (o português é uma língua altamente politizada).
Portanto aqui vai:

Moody's, vai catar lixo por essa América fora, que não te faltará o que fazer. De caminho vê se aprendes a ter mais pontaria, porque este teu novo desaire emparelha com o teu brilhante autismo no caso Lehman Brothers;
Portugal, a ver se aprendes a não te meteres em sarilhos. Passas só com a reprimenda porque o castigo já andamos todos a pagá-lo (todos? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses... pronto, já perceberam: dividendos, juros de aplicações financeiras e mais-valias resistem impavidamente aos "invasores");
Europa, ganha juízo a condizer com o teu tamanho. O teu mal é comum nos adolescentes: cresceste avidamente, sem acautelares as estruturas. Estás crescida demais para castigos de mãe, infelizmente. De resto, falta-te hoje pai e mãe.
América (ela julgava que eu não a via, ali atrás escondida), ai então não és a Grécia ou Portugal?... Deixa estar que não perdes por esperar.

CULTURA À SOMBRA



AGENDA

HOJE
Uma Casa Na Floresta, exposição/instalação de Maria Emanuel Albergaria
18h40 > Rua Bruno Tavares Carreiro, nª 20 - Ponta Delgada

Filmes Curtos e Longas Conversas
Masterclass e exibição de 3 curtas metragens de Saguenail
com a presença de Saguenail e Regina Guimarães
21h30 > 9500 Cineclube [Cine Solmar - sala2]


AMANHÃ
Lançamento do livro Teatro em S. Miguel: António Roberto de Oliveira Rodrigues (1920-1969), da autoria de Maria Clotilde Rodrigues
e inauguração da exposição Um Homem de Teatro
19h00 > Teatro Micaelense

PROVOCAÇÕES FRANCÓFONAS!


Marion Cotillard (Paris, 30 de setembro de 1975)

Sinais da decadência

...dessa estirpe francófona, bastarda de Napoleão, e de outros manetas como o Junot de má memória. Em fita de tempo aqui está um exemplo do glamour inicial, passando pela perfeição alinhada vários DS nos anos cinquenta, até aterrarem num pastiche tipo Hard Rock Café (sacré bleu mas de algum lado, com ironia, veio a ideia do franchising). São assim os Franceses, desdenham do Novo Mundo mas copiam-no nos seus piores exemplos. Curiosamente, o novo mundo apenas lhes "importou" as "french fries" - (que até são Belgas) - e deixou atrás os "le car".

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Stand da Citroën nos Champs-Elysées

SLEEP.


Sleep (1963) criado por Andy Warhol para ser um "anti-filme", consiste num plano-sequência de John Giorno a dormir durante cinco horas e vinte minutos. Há sonos que são chatos!!!

domingo, julho 17

...Eu hoje deitei-me assim !

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I' ll be back"

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Thank "God" the Dark Angel will be back.
"Dexter", depois de Six Feet Under, também com o actor Michael C. Hall,é uma das minhas séries favoritas, especialmente numa season em que que a TV é só lixo.O Bruce bem que avisou : mesmo a cable TV é só garbage e eu que mudei para o meo só ganhei melhor imagem e uns patacos à algibeira.


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Aqui fica o teaser da VI temporada para o aguardado regresso do messias justiceiro, "Dexter", cuja 1ª e 4º temporada foram sublimes.


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sábado, julho 16

ANIMANDO

Animação realizada por David Lynch para o tema Lights (I Touch a Red Button Man) dos Interpol.

GINGER ROGERS


Hoje, 16 de Julho, faz anos que nasceu. 100 anos.

Vive la France ? Non !

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Para os rejubilantes tricolores que celebram o 14 de Juillet, Dia Nacional da França, como marco histórico que precedeu a grande "Revolução", não levanto a minha bandeira por essa patranha, nem me junto a essa festa, a não ser com um fumo preto no braço direito pois a verdade tem outro lado bem mais negro.Muito menos incenso o logro histórico da liberté, égalité, fraternité ou la mort que se seguiu. Os "revolucionários" deixaram cair "a morte" do timbre das palavras de ordem iniciais, mas usaram e abusaram dela no terror da acção.

Contudo, antes disso, com a força de um mito glorificado pelo jacobinismo dominante, o 14 de Julho foi erigido a Dia Nacional da França em memória daquele dia do ano de 1789 em que, no meio da anarquia espontânea que reinava em Paris, um gang de saqueadores tomou a Bastilha. Pela história que nos deram a tomar engolimos a pastilha de que a Bastilha era a masmorra do absolutismo onde vegetavam, por tempo indeterminado, presos políticos heroicamente libertados pelos "che guevaras" de então !

Ora o saque da Bastilha, uma fortaleza militar, foi um banal acto de pilhagem, como centenas de outros, e ninguém se lembrou dos presos como prioridade. Não houve bravos e nobres revolucionários libertadores, penetrando no cárcere do regime à luz bruxuleante de archotes, como tochas que anunciavam amanhãs de liberdade. Apenas o festim corsário do furto e do vandalismo de salteadores avulsos.

Mas, também como sucedeu na queda da nossa Monarquia, episódios de rebelião, que são obra de uma minoria de "revolucionários", logo se transformam em victoriosos "movimentos de massas", porque a maioria do povo se afastou do lugar da turba, ou porque a maioria dos "cidadãos" se resguardou à espera da hora para se juntar ao lado daqueles que no final ganham a contenda. E assim se passa de salteador a imortal deus da revolução ! Explica-se jocosamente assim num trecho de uma comédia de Victorien Sardou : "Mas então em que se distingue um motim duma revolução ? Motim, diz-se quando o povo é vencido e, neste caso, é tudo canalha ; revolução, quando o povo vence, e, então são todos heróis."

Na Bastilha afinal eram apenas sete as vítimas do poder arbitrário do rei ! A saber : quatro falsários : Bechade, Laroche, La Corrège e Pujade, todos compinchas numas letras de câmbio apócrifas ; o Conde de Solages um discípulo do Marquis de Sade, metido no cárcere a pedido da família ; e dois loucos, Tavernier e de Whyte que não tardaram a ser detidos para internamento pouco depois da sua libertação. Mas todos eles foram exibidos como mártires e glorificados na rua pela populaça que foi saindo das sombras. Eis a patética opereta que resultou em exultação patriótica com direito a Dia Nacional.

Depois foi a Revolução e o Bonapartismo que ainda hoje seduz tanta família política à la gauche e dada ao mais descarado nepotismo. Mas, de tantas e humanitárias contribuições francófonas para os Direitos Humanos saídas da Revolução -(incluindo mais tarde a ocupação da nossa Pátria, mas isso já ninguém se lembra) – é no entanto justo não esquecer a benemérita invenção do Dr. Guillotin.
Com efeito, desde os alvores da Revolução Francesa a reforma das "penas" tinha sido prioritária e por Decreto da Assembleia de 25 de Setembro de 1791, em forma de lei, se fixou, e cito, que "todo o condenado terá a cabeça cortada". O estreante, um criminoso de delito comum, sem quaisquer ideais contra-revolucionários, foi Nicolas Jacques Pelletier. A execução foi pública e célere. Mas, os espectadores dessa nobre ralé francesa cedo recolheram às tabernas, dissolvendo numa zurrapa local a frustração pela rapidez do novo espectáculo. Lamuriavam: "mais valia serem rodados" ; e no dia seguinte já faziam manif’s -(outra moda francesa!)- por Paris bramindo a turba : "Restituí-me a minha forca de madeira.".

Neste dia da mistificação da "pastilha" da tomada da Bastilha, e outras mitomanias nas quais os Franceses são mestres, recordo que a guilhotina, essa obra de execução das penas à luz de uma engenharia social dita "humanista", foi estreada em 1792.

Curiosamente, a estreia da guilhotina foi num dia 25 de Abril.

Vive la France ? Non ! Apesar de tudo prefiro "os nossos" 25 de Abril.
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quinta-feira, julho 14

...Eu hoje deitei-me assim !

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...era para ser com um fado da ANA MOURA, mas não está na jukebox do "tube"...paciência. De Lisboa e Portugal derivamos para Kingston na Jamaica. Enjoy it. Peace.
"(...) we born not knowing, are we born knowing all? We growing wiser, are we just growing tall? Can you read thoughts?"

P'ra curtir, a toda a velocidade

Os "X-WIFE" são, para mim, a modos que um enigma. E interessante, por sinal.
A sua sonoridade tem algo de inexplicável, quando contextualizados geograficamente, e a voz de João Vieira - quase estridente, a lembrar os "Rapture" - liga-se simbioticamente ao denominador comum que caracteriza uma certa «realidade videológica» que transborda dos seus clips.

Acredito que a globalização explique também muitas das surpresas agradáveis que nos vão aparecendo pela frente mas, não explica tudo. Há dias, servi-me do engenho dos "X-WIFE" em "Keep On Dancing" para ilustrar um post tipo "stand-up and look me in the eyes" e a vontade de aprofundar o conhecimento sobre estes «rapazes» foi-me fazendo conhecê-los melhor.

Sem grandes teorias sobre a sua génese, digo apenas que gostaria de os ver e ouvir nas Cancelas da Doca, na "ARCO 8". Porquê? Porque são ambos inspiradores. E seguem na mesma direcção, o que é importante também.

Deixo mais um cheirinho, sobre a recente produção discográfica dos "X-WIFE" com o registo "Heart of the World" e recomendo que fechem os olhos, ignorem a matéria e deixem-se voar. Acredito que irão tirar prazer desta "healing but dangerous" musicalidade, num "softone" acelerado e inebriante.



"I tool the last night bus from the street in the middle of nowhere
I left all my stuff with a man I met on the bus
I took the last walk home from the bus stop to the doorway
I counted all the street lights going on and off

It's not about you babe, soon you'll be somewhere
It's not about these streets, they'll be here forever
It's not about anything, anyone at all
It's just that now we feel so small in the heart of the world

I studied the doorsteps as the rain just started pouring
I smelled the fabric of the old courtains hanging on the wall
I peeled the dry paint from the chair over and over
I counted all the street lights going on and off

It's not about you babe, soon you'll be somewhere
It's not about these streets, they'll be here forever
It's not about anything, anyone at all
It's just that now we feel so small in the heart of the world
Now we feel so small in the heart of the world
"

Compositor: João Vieira
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Ziguezagueando


Por esta altura (não sei se acontecerá o mesmo em Outubro de 2012), acredita-se que o maior partido da oposição (não sei porque raio não se encontra outra designação que incite todos os deputados que não são governo a cumprirem uma melhor função do que a de meros regimentais opositores) possa estabelecer – para além da meta e sem subterfúgios – o caminho que todos os açorianos se sintam motivados a trilhar.

A força política que tiver a veleidade de pensar que poderá contribuir para melhorar o estado das coisas nos Açores, apenas a partir de Outubro de 2012, será, em minha opinião, fortemente penalizada pelo eleitorado, que outra coisa não fará senão abster-se de trocar uns pelos outros, nas próximas eleições legislativas regionais.

As pessoas precisam sentir que alguém se preocupa – verdadeiramente – com elas e com os seus problemas, e que todos – sem excepção – serão alvo de um tratamento equitativo, que deverá ter como objectivo (ainda que possa ser considerado como «socialista» e utópico) corrigir os desvios e combater todas as formas de marginalização.

Tudo isto, combinado com a preocupação de redefinir alguns conceitos sociais entretanto banalizados e outros tais modelos económicos, deverá servir para melhorar o nosso modus vivendi, nestas ilhas atlânticas, marcando – vincadamente – uma estratégia, necessariamente inclusiva e multidisciplinar, privilegiando, contudo, a iniciativa pessoal e procurando por em evidência o valor individual de todos e cada um destes açorianos.

Caminhando aos ziguezagues e sucumbindo – confessadamente – à dialéctica entre a direita e a esquerda deste sinuoso percurso, gostaria de dizer que:

Se à Direita temos de nos deixar de preocupar em “chegar ao poder", à Esquerda temos que nos deixar de o fazer parecer tão apetecível (não nos podemos esquecer que os Açores precisam apenas de alguém que os governe, e bem, de preferência);

Se à Direita é absolutamente mandatório elencar os novos desafios para os Açores, à Esquerda urge parar de lustrar os do passado que, velhos e gastos, se encontram desfasados dos novos contextos;

Se à Direita precisamos de assistir ao convite descomplexado, a todos quantos possam ter um contributo válido para a afirmação dos ditos novos desafios, à Esquerda a reequação das hostes resultará numa operação de difícil subtracção;

Se à Direita tudo, ou quase tudo, se conjuga para uma mudança de ideias, de discursos e, por conseguinte, de paradigmas, à Esquerda o peso da oligarquia esmaga a iniciativa e impede que se tracem novos horizontes.

Por isso, na nossa democracia, que apesar de nova já não tem idade para comprar o cartão inter-jovem e viajar de barco - abaixo do preço de custo -, ninguém nos deve pedir que mudemos só por mudar. Seria como fazer um bolo sem nos lembrarmos que os ovos se ligam primeiro com o açúcar, vindo depois a farinha, indo todos juntos a bater e, para finalizar, nos casos em que a receita manda juntar as claras em castelo, as mesmas deverão ser docemente misturadas, para que o conjunto, com o desejável volume e com a imprescindível suavidade, cumpra a sua nobre função.

quarta-feira, julho 13

...Eu hoje deitei-me assim !

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Matteo e Mirella, "la coppia impossibile" de la "meglio gioventù" ou, a expressão cinematográfica, e dramatizada, daquilo que na vida real se convencionou chamar, nestas, e noutras ocasiões, "vítimas das circunstâncias". Uma personagem bibliófila, como "Matteo", mais cedo ou mais tarde, por exemplo, ficaria refém deste dilema irresolúvel de Milan Kundera em "A Insustentável Leveza do Ser" : "Nunca se pode saber o que se deve querer porque só se tem uma vida que não pode ser comparada com vidas anteriores nem rectificada em vidas posteriores. (...) Não há forma nenhuma de se verificar qual das decisões é melhor porque não há comparação possível. Tudo se vive imediatamente pela primeira vez sem preparação. Como se um actor entrasse em cena sem nunca ter ensaiado." Não há solução. Só resistência. "Enganas-te" ?

Angra Jazz 2011

Kurt Elling - a voz masculina do Jazz contemporâneo, dizem - é um dos pontos mais interessantes da edição 2011 do Angra Jazz.

Outro nome grande é o português Júlio Resende


Argumentos mais do que suficientes para uma escapadinha a Angra do Heroísmo português.

terça-feira, julho 12

...Eu hoje deitei-me assim !

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"Canzonissima" foi um show de variedades dos anos 50 e 70 da RAI. Aqui, em versão remasterizada, um clássico de Fausto Leali repescado da banda sonora da "La meglio gioventù" que não me canso de rever, ouvindo com nostalgia canções de um tempo inocente que não vivi, nem voltará.

"A Chi" ?

A chi piace.

Fundão processa concurso 7 Maravilhas da Gastronomia

"(...) A organização, porém, disse à agência Lusa que a Perdiz de Escabeche foi, inicialmente, «colocada erradamente como sendo de Alpedrinha». O prato foi apresentado publicamente em Abril com o nome da vila do concelho do Fundão, mas passou a ser promovido no concurso como um prato apadrinhado pelo município de Idanha-a-Nova. Em comunicado, a autarquia presidida por Manuel Frexes queixa-se do facto de a mudança ter acontecido depois de não aceitar pagar 17 mil euros à organização(...) A Câmara conclui que a iniciativa «não tem qualquer credibilidade» enquanto concurso gastronómico, por não ter «respeito pela origem dos pratos» e estar sujeito apenas a «uma lógica comercial»(...)"

Acredito que, agora, já somos muitos a pensar que se criou um gigante com pés de barro e a duvidar - seriamente - da seriedade de todo este «cozinhado», cheio de gente muito bem intencionada e temperado com muito $al.

Pois, fica assim resumida, para os anais da história gastronómica deste saboroso Portugal, esta «maravilhosa» estória da "Perdiz de Escabeche".

Centros de Interpretação Ambiental dos Açores, Investimento Reprodutivo

Fotografia Fernando Guerra
A aposta do Governo dos Açores em dotar o arquipélago de uma Rede de Centros de Interpretação Ambiental revelou-se uma opção acertada.

Sustenta esta opção, por um lado o facto de 13% do território dos Açores ser composto por áreas classificadas. A Região detém, ainda, 23 Sítios de Interesse Comunitário, 17 dos quais marinhos, assim como 15 Zonas de Protecção Especial. Por outro lado, a preocupação em preservar a identidade e memória histórica das nossas populações, através da requalificação e reabilitação, devidamente adaptado às exigências actuais, de património edificado simbólico e importante da nossa Região.

O objectivo fundamental, desta Rede, passa pela educação e pela sensibilização dos jovens e da população, em geral, para as questões do Ambiente, ao mesmo tempo que serve para potenciar o chamado Turismo de Natureza.

Esta acção está consubstanciada no programa do X Governo Regional, no qual se prevê uma medida de concertação entre Cultura, Ambiente e Turismo, dando lugar a uma “tríade endógena”, designação utilizada numa intervenção anterior, cujas áreas de actuação estão intimamente ligadas e são, na sua essência, interdependentes.

A Rede Regional de Centros de Interpretação Ambiental dos Açores é parte integrante da Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza - Azorina, tutelada pela Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, e é, actualmente, constituída por 11 estruturas, distribuídas pelo Arquipélago.

Da Rede e tendo em conta o todo regional, destaca-se: o Centro de Interpretação Ambiental e Cultural do Corvo; o Centro de Interpretação do Boqueirão nas Flores, reconhecido em diversas publicações nacionais e internacionais; o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, no Faial, seleccionado como um dos 150 melhores projectos que ilustram o sucesso da aplicação dos co-financiamentos dos Fundos de Coesão. De momento, concorre para o prémio do Museu Europeu do Ano 2012 (EMYA); o Centro de Visitantes da Gruta das Torres, no Pico, o qual arrecadou o 1º lugar no Prémio Nacional Tektónica/Ordem dos Arquitectos, em 2009; o Centro de Interpretação da Fajã do Santo Cristo, em São Jorge; o Centro de Visitantes da Furna do Enxofre na Graciosa; o Centro de Monitorização e Investigação das Furnas em São Miguel, que recebeu recentemente o prémio internacional de Arquitectura de Pedra 2011, na cidade italiana de Verona, e foi referenciado em diversas revistas da especialidade, nomeadamente, na conceituada revista espanhola El Croquis; e o Centro de Interpretação Ambiental Dalberto Pombo em Santa Maria.

Para além dos exemplos referidos anteriormente, está em fase final de projecto o Centro de Interpretação Ambiental de Santa Bárbara, na ilha Terceira. Com a sua conclusão o arquipélago ficará dotado, em todas as ilhas, de infra-estruturas de interpretação ambiental, completando, deste modo, o âmbito regional desta rede.

Os projectos que a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar tem vindo a implementar são hoje objecto de referência e merecedores de atenção e destaque, não só pela função que desempenham e para a qual foram concebidos - lugares de divulgação de temas e questões ambientais dos Açores - mas também pela qualidade arquitectónica que edificaram ou, simplesmente, reconverteram. Valorizando, em alguns casos, património edificado associado a etapas económicas importantes que marcaram a história do arquipélago e que, deste modo, e pela sua reabilitação, passam a ser parte integrante do próximo futuro.

Os Centros de Interpretação Ambiental são espaços de memória, que relacionam o passado com o presente, funcionam como um veículo activo na difusão de conhecimento científico e constituem-se como elementos complementares no roteiro turístico e cultural de residentes e visitantes.

Na sua génese está a promoção do conhecimento do património natural das ilhas, de uma forma dinâmica, interactiva, com carácter educativo e científico, de modo a dar a conhecer e, a melhor compreender, as características geológicas e a nossa biodiversidade, através de uma profusa "viagem" aos Açores.

Ao contrário do que, às vezes, é veiculado por quem não sabe interpretar estes sinais, os investimentos de cariz ambiental e/ou culturais, com um forte pendor qualitativo arquitectónico associado, são uma necessidade e têm, pelos exemplos enunciados, comprovado a sua raiz reprodutiva, evidenciada pelo que mais importa: o número de visitantes.

Por aquilo que representam, pelas recentes distinções e pela transversalidade que proporcionam, na tríade já referida – Cultura, Ambiente e Turismo, é oportuno reflectir a repercussão destas obras que, implementadas pelo Governo dos Açores de responsabilidade Socialista, têm contribuído de forma sustentável para dar a conhecer, ao mundo, através de uma simbiose entre o passado e a contemporaneidade, uma dupla vertente do património dos Açores: o natural, e mais recentemente, o património construído.

* Publicado na edição de 10 Jul'11 do Açoriano Oriental
** Adaptado da intervenção efectuada no plenário de Julho'11 da ALRAA

segunda-feira, julho 11

Hoje o 'Lixo' é 'Extraordinário'



Programação imaculada do 9500-CineClube para esta semana & mês.

O "superávit" virou "lixo"

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Diz o ditado popular: "Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz.". Sem cair na tentação fácil, especialmente para os agnósticos, de caldear a Política com a Religião, em verdade vos digo que bem pode pregar Carlos César em causa própria, e até maldizer de outrem, que tais epístolas de mau pagador não passam de "falsos testemunhos"!

Com a monotemática mentira de que em 1996 tomou em braços uma região "com uma mão à frente e outra atrás", Carlos César, com a habitual invectiva de pregador de ocasião - (citando-o a propósito : "com a arrogância, a insistência e a intolerância que já parecem ser seu costume") -, subiu ao ambão do altar do Congresso da JS/Açores para imprecar contra Berta Cabral.

Disse que não era exemplo a seguir e interrogando-se se a providência gostaria de ter uma pessoa assim como Presidente do Governo, numa encenada prece, encerrando a sua ladainha, suplicou: "Livra-nos Deus"!

Deo Gratias que a justiça terrena não tardou e afinal a patranha da região à beira da bancarrota em 1996 cedo foi desmentida e, em menos de uma semana, o "rating" da Região Autónoma dos Açores de "superávit" virou "lixo". Afinal valemos menos do que o todo nacional!

Circunstância que nos faz suspeitar que o legado do Socialismo à regional será uma herança bem mais pesada do que o passivo deixado por Sócrates a Portugal.

Convenientemente importa lembrar que depois da gestão do PSD Açores, e da aprovação da Lei de Finanças Regionais, o PS assumiu o exercício da Autonomia com um passivo de apenas 50 milhões de euros. Hoje, 16 anos de PS no Governo Regional, o saldo é 50 vezes superior aquele valor e a responsabilidade financeira dos Açores ronda os 2.500milhões de euros. Basta equacionar que no tempo do PSD Açores, ora demonizado pelos "cristãos-novos" da Autonomia, o sector público empresarial estava contido em meia dúzia de empresas. Hoje, decuplicaram e são cerca de 60 os grupos empresariais que, à conta dos impostos dos Açorianos, contribuem para um orçamento regional falsificado e que é apenas a ponta de um iceberg.

Como afirmou Berta Cabral, "uma coisa é o que o governo diz. Outra coisa é o que os Açorianos sentem". Dito de outro modo sentimos que estamos a decrescer e a convergir na pobreza. Sinais dessa decadência, e além dos 2.500 milhões de euros de dívida pública regional, é o exército de desempregados que aumenta e é o maior de sempre nos Açores. Só nos últimos dois anos de governação Socialista esse desemprego aumentou mais de 50% com excepção, obviamente, das alcavalas e sinecuras distribuídas pelos "boys" do costume ou para "ad hoc" calar a boca aos dissidentes do regime.

Hoje, nos Açores cor-de-rosa, afinal mais de 30 mil famílias vivem com menos de 540 €uros por mês, os desempregados são mais de 10 mil, a precariedade nos programas de formação, que vão iludindo a estatística do desemprego, atinge 3.000 jovens.

Para completar o legado, cuja factura será paga por várias gerações, o Governo Regional, numa única ilha e acentuando a desunião entre os Açorianos, impôs a todos uma obra megalómana de 400 milhões de €uros que, no final, serão muitos mais dado que por 30 anos também concessionou a manutenção da SCUT de São Miguel à Euroscut.

E como sabem os Açorianos, adjudicou o Governo Regional a obra mais cara de sempre a um consórcio de empresas externo à Região quando as nossas empresas estão a "pão e água". Com esta obra, e este encargo desproporcional para todos os Açorianos, o que a governação regional do PS faz é o que sabe melhor: "dividir para reinar". Com o PSD Açores nunca houve "ilhas da coesão" pelo facto de na realidade não existirem ilhas de primeira e de segunda categoria.

Berta Cabral afirmou no último Conselho Regional que "os Açores são um somatório de diferenças e nesse somatório é que está a unidade". Com as clivagens introduzidas pelo Governo Regional, em vez de somarmos, dividimos os Açorianos entre "uns" e "outros", os da "coesão" e os restantes, entre os próceres do regime e os excomungados do mesmo.

Queremos ou não exorcizar a política negra dos 3 D´s : Desemprego, Dívida, Défice? Queremos ou não libertamo-nos deste jugo de quase duas décadas de omnipresença do PS nos Açores? À pergunta retórica respondemos: "Livra-nos Açorianos". Somos da têmpera daqueles que sempre colocaram, colocam, e colocarão os Açorianos e os Açores em primeiro lugar e essa linhagem não começou em 1996 nem é exclusiva de ninguém.
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(post-scriptum : Berta Cabral foi Secretária Regional das Finanças do PSD apenas de 95 a 96. Quando assumiu a pasta publicitou com transparência as contas da região na Assembleia. Quando cessou funções e com a mesma transparência voltou ao plenário para dar conta do saldo final de pouco mais de 50 milhões de €uros. Neste tempo de opacidade das contas públicas e da desorçamentação nunca é demais repor esta e outras verdades)
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João Nuno Almeida e Sousa na edição de hoje do Açoriano Oriental

You're damn right

sábado, julho 9

"Puertas Cerradas"



Preparava-me para escrever sobre este novo movimento que, designado por "underground dining", tem vindo a proliferar pela Europa e deparei-me com este video que o resume muito bem e me faz poupar no latim.



Basicamente:
Acredito que esta seja a resposta às maluqueiras dos burocratas que têm contribuido largamente para a sensaboria generalizada, dada por gente criativa e que não gosta de ficar de braços cruzados face às desnecessárias contrariedades impostas pelo sistema.
E acredito ainda que a replicação destas experiências seja o próximo desafio de um dos mais reconhecidos restaurantes da praça, com a dificuldade acrescida de o fazer dentro dos limites da lei, qual lucky luke da gastronomia açoriana.

Today, feeling demolished.

Sem grandes pormenores nem tristes minudências, fica a banda sonora: Uma pérola "Beckiana"



Thanks Alex. Many thanks

quarta-feira, julho 6

Surfing Azores

Ao som de "You And Your Heart" do surfer & song writer Jack Johnson, fica o CNPDL em acção, numa modalidade que foi capa da revista Pública no passado Domingo, referindo o feito de Jácome Correia - grande promessa do Surf Nacional e atleta do Clube Naval de Ponta Delgada.

Deixo-vos com Ricardo Ribeiro, em grande forma na promoção desta modalidade que teima em vingar, também nos Açores.

Adeus MJNP


Faleceu Maria José Nogueira Pinto.
Amada por uns, odiada por outros. Figura controversa, sem papas na língua.

Com toda a certeza será chorada pelos seus. Contudo, a ala direita do parlamento - agora liderado por outra mulher - fica mais pobre.

R.I.P.

Uma Coisa em Forma de Assim



Hoje em Angra, sábado em Ponta Delgada.

e se a moda pega?


Nos Açores, com a chuva e os guarda-chuvas, e com todos os que andam a meter água, não molhavamos as calças... Pelo menos isso.

foto daqui

segunda-feira, julho 4

Querido mês de Julho


A programação de Julho do 9500-CineClube é, simplesmente, imperdível! Arranca hoje.

O Discurso e a Prática

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Na diacronia do antigo regime o missal era sempre o mesmo: "tudo pelo Estado, nada contra o Estado.". Essa omnipresença do Estado, do Partido, e dos Situacionistas foi uma fórmula do Estado Novo. Contudo, paradoxalmente, a mesma foi depurada, refinada, e destilada pelo Socialismo.

Na liturgia oficial do actual cânone do Socialismo à regional, feito à imagem e semelhança do cónego-mor, a doutrina e a praxis da seita é a presença ostensiva, ubíqua, e transversal na sociedade Açoriana. A longa manus do poder Regional alcança tudo e todos, ou pelo menos tem essa ambição, e essa mão bem visível insiste em deixar uma perene nódoa rosa em tudo o que toca.

Os Açorianos já perceberam que a escola é sempre a mesma, o discurso é formatado e decalcado pelo "livro rosa" do "chefe", como se fosse o mesmo modelo de fato de risca oficial, pesaroso, feito a metro, com o mesmo padrão, como se faz um uniforme. O figurino é o mesmo, o discurso oficial idem, mesmo quando dito de improviso é "escrito" pelo evangelho do costume. Só mudam mesmo as insígnias pois os novos apóstolos vindos da "jota", ou os convertidos "cristãos-novos", apesar de terem patente mais baixa, cedo ficam mais "presidenciáveis" do que o próprio presidente!

Como tudo isto não é só retórica exemplifique-se: Recentemente, em mais uma inauguração de um espaço comercial em Ponta Delgada, em vez de um discurso, "fresco e pronto", feito à medida da ocasião, o Presidente do Governo Regional retomou o tique de que o Governo aí está para vitalizar a economia Regional. Pouco importa se o investimento é preponderantemente particular e o risco é dos privados pois, o que releva, é passar a imagem pública de que há economia porque há governo. Ora essa é uma falácia que inevitavelmente nos atira à falência. Só há governo com uma economia forte e sustentável.

Na fotografia inauguracional apesar de figurar a imagem do Presidente do Governo, os empresários sabem, e bem, que há ali, falsamente, uma subliminar sugestão de que é "por obra e graça" do poder que as pedras se transformam em edifícios prontos a inaugurar. Outra falácia. Mas a cartilha oficial do Socialismo à regional é essa, apesar de tantas vezes a prática não corresponder ao discurso oficial, por exemplo, do orçamento regional sai um volume incomensurável de mega-empreitadas que são adjudicadas a empresas que não são dos Açores num volume de milhões de €uros exportados da região.

Mas, o discurso oficial é no sentido unilateral de que o Governo aí está para caucionar a economia Açoriana. O Governo comporta-se como se fosse dono e senhor da economia regional, fantasiando que é o resguardo e solução para todos os problemas da mesma. Com outro realismo, e por sinal na mesma ocasião, a líder do PSD/Açores, apontava a necessidade de integrarmos a solução num "triângulo virtuoso". Berta Cabral sustentou a necessidade de interligarmos Governo, Privados, e Banca como forma de, nesse circuito, encontrarmos um rumo sustentável. O Governo sozinho não é parte da solução: é o problema. A solução para a crise passa por um Governo que integre, mas não monopolize, a economia. O diagnóstico diferencial está feito. A escolha far-se-á já no próximo ano de 2012.

Como está temos uma economia estagnada, e um Estado socialista voraz, que será incapaz de recuperar a economia porque esta faz-se também com privados. Estes sem capacidade de consumo não rentabilizam as empresas e estas deixam, consequentemente, de obterem financiamento. Está aqui uma reacção em cadeia que Governo nenhum é capaz de resolver sozinho. Muito menos um Governo Socialista cujo discurso insiste na ideia messiânica de que melhor Economia significa mais Estado. Um discurso e uma prática que a realidade dolorosamente contraria.

João Nuno Almeida e Sousa na edição de hoje do Açoriano Oriental

sábado, julho 2

...Eu hoje deitei-me assim !

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I'd like to rest my heavy head tonight
On a bed of California stars
I'd like to lay my weary bones tonight
On a bed of California stars

I'd love to feel
Your hand touching mine
And tell me why
I must keep working on

Yes I'd give my life
To lay my head tonight on a bed
Of California stars

I'd like to dream
My troubles all away
On a bed of California stars

Jump up from my starbed
Make another day
Underneath my California stars
They hang like grapes
On vines that shine
And warm the lovers' glass
Like friendly wine

So I'd give this world
Just to dream a dream with you
On our bed of California stars

I'd like to rest my heavy head tonight
On a bed of California stars
I'd like to lay my weary bones tonight
On a bed of California stars

I'd love to feel
Your hand touching mine
And tell me why
I must keep working on

Yes I'd give my life
To lay my head tonight on a bed
Of California stars

I'd like to dream
My troubles all away
On a bed of California stars

Jump up from my starbed
Make another day
Underneath my California stars

They hang like grapes
On vines that shine
And warm the lovers' glass
Like friendly wine

So I'd give this world
Just to dream a dream with you
On our bed of California stars

So I'd give this world
Just to dream a dream with you
On our bed of California stars

(Dream a dream with you)