sábado, dezembro 29

e porque hoje é sábado, o último deste ano

Não duvido que 2012 fique marcado por muitas coisas. Muitas mesmo. Algumas desagradáveis e outras (menos) um pouco melhores, “all over this global village”.

Contudo, o meu 2012 fica marcado pela ética republicana, forjada agora em materiais sintéticos, muito em voga por estes tempos de amarga loquacidade, e com contornos relativamente diferentes que, relativamente (também) transbordada dos finais do ano passado, se abateu sobre todos nós, como um xaile negro, fazendo com que nos arrastássemos até muito mais à frente, para além das olheiras que correm, agora e seriamente, o risco de virem a transformar-se numa espécie de indicador, como o era o volume da pasta de Alan Greenspan – antigo presidente da Reserva Federal Norte-Americana – quando se dirigia para as reuniões com o todo-poderoso em Washington.

De arrasto, ou talvez não, o meu 2012 fica ainda marcado pelos muitos e múltiplos episódios das eleições legislativas regionais que, com um argumento majestosamente urdido e um resultado final que surpreendeu quase todos os profetas (até mesmo os mais fecundos), foi somando os vencidos e subtraindo os vencedores, deixando-nos a braços com uma conta que não conhecemos bem. A uma dúzia de anos do começo deste novo século, aqui nos Açores, a demagógica democracia desmanchou muitos arranjinhos. E, sem nada de novo, criou outros ainda. Tanto que mudou para que tudo ficasse igual, qual arranjo orquestral barroco merecendo que, ardilosamente também, se lhe tire o chapéu.

“Stressei” muito em 2012. Tanto que engordei uns quilitos valentes. Facto que veio – feliz ou infelizmente - dificultar a tarefa a tantos quantos tentaram trespassar-me o peito com as suas sibilinas balas e a outros, com os seus dissimulados punhais. Oxalá lhes consiga continuar a resistir a todos, por 2013 fora, ano em que se adivinham grandes desafios, também para a minha (que muitos querem humilde) pessoa.

Mas, «all in allbeingjust another brick in the wall », 2012 manifesta-se - inegavelmente - como uma verdadeira iguaria agridoce, pois, ao mesmo tempo que um pico de coisas ia atrapalhando a caminhada até aos 44 anos de idade (sem sequer o direito a uma banda sonora como habitual), o culminar de um processo de 10 anos de vida ia também, árdua e lentamente, acontecendo. Felizmente, com manifesta vantagem para a região e para a Dama que ardentemente tenho procurado defender. Espero sinceramente, numa espécie de vénia a quem teve a coragem necessária, ter a energia e a competência para fazer a diferença. São mais de 70 anos de existência que ganham agora outro fulgor.

   
Podemos dizer que esta é uma levada da breca, enviesada e egocêntrica visão de 2012 mas, não é curta de vista. E isso importa (!).

segunda-feira, dezembro 17

quinta-feira, dezembro 13

12.12.12

Eu sei que foi ontem. Mas é hoje também. E será amanhã.
E será ainda durante muito (quanto, oh deuses?) tempo.
O ano de 2012 ficou registado em imagens. Imagens que doem.
Fica aqui um desses registos, de um dos nossos fotógrafos maiores: José António Rodrigues.


quarta-feira, dezembro 12

Best of 2012


Na quarta-feira, no Metropolitano escolhemos os melhores discos do ano. Manda a tradição que a eleição seja feita com Alexandre Pascoal e Joao Nuno Almeida e Sousa, que se juntam a mim nesta tarefa já vai para uns seis anos. Este ano voltamos a ter um convidado extra. Trata-se de Paulo Vieitas, competente designer e selector de excelente som que se ouve e dança nas noites de Ponta Delgada. Herberto Quaresma
Em directo a partir das 22h00 na Antena 1/Açores.

domingo, dezembro 9

Em tempo real


O Skyside Project é um website de origem portuguesa de acesso gratuito que monitoriza em tempo real o tráfego aéreo em Portugal Continental, parte de Espanha e Marrocos.

» + aviões em FlightRadar24
» & navios em MarineTraffic

sábado, dezembro 8

Ambição desmedida?

Ontem, com alegria, completei 44 primaveras.
Quem me dera a mim, daqui a 20 anos, estar assim.


Mais ou menos, é claro: Mais cabelos, menos rugas :)

foto daqui

quinta-feira, dezembro 6

R.I.P. Oscar Niemeyer


Formas que nos tocam. Formas que nos remetem para universos desconhecidos mas, verosímeis.

Oxalá possamos embarcar no céu via uma das tuas "auto-estradas da forma"

“Sempre digo e insisto muito que o ensino da Arquitectura, de qualquer outra escola superior, devia ser seguido de conversas paralelas, literatura, de ciências sociais, Filosofia, não para transformar o arquitecto num intelectual, mas num homem familiarizado com a vida” Oscar Niemeyer.